Vereadora Lorena Brandão (PSC) fala de planos para o futuro

Em entrevista ao Farol da Bahia, a vereadora conta que não esperava fazer parte do mundo político

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Vereadora Lorena Brandão (PSC) fala de planos para o futuro

Foto: Tânia Araújo

A vereadora Lorena Brandão, em entrevista ao Farol da Bahia, conta que não esperava fazer parte do mundo político, mas que ficou surpresa quando foi eleita em seu primeiro pleito, “logo de cara”. Ela, que é bispa do Ministério Internacional Caminho das Árvores, afirma que foi atraída para o meio por um chamado divino. “Foi Deus que me elegeu”. 

Edil, que é filiada ao Partido Social Cristão (PSC), revelou que nunca em sua vida vislumbrou ter algum cargo, tanto no Legislativo, quanto no Executivo, até se candidatar nas eleições de 2016, sendo bem-sucedida. Ela é uma das oito mulheres na Câmara Municipal de Salvador e considera que o grupo feminino pode, sim, trazer a mudança de pensamento numa sociedade considerada machista. “Nós que somos cuidadoras de meninos e meninas precisamos criar filhos para essa nova conjuntura, para o entendimento de que a mulher é uma companheira, é aquela que anda do lado”.

Questionada sobre ser uma “feminista”, Edil responde com um sorriso no rosto, “sou feminina e lógico que apoio as mulheres”. “Precisamos trocar o dedo apontado pela mão estendida. Eu trabalho muito a sororidade entre nós, mulheres, principalmente quando estou na igreja em pregação”, admite. “Eu já tive debates fervorosos com as outras vereadoras, o que é normal, mas aqui nós nos chamamos pelo apelido, então não há nenhum embate”, completa Lorena.

Sobre o ‘direito ao aborto’, pauta defendida ferozmente por mulheres que buscam o ideal do ‘meu corpo, minhas regras’, a vereadora é enérgica, “sou contra essa pauta”. “Eu não estou aqui para julgar ninguém, estou aqui pela proteção da vida. O bebê que não escolheu ser concebido tem o direito de nascer, se não, o espirito santo não teria dado a ele um espírito”, afirma a Edil.

“Esse é um assunto muito delicado, mas as formas de prevenção à gravidez hoje em dia são muito eficazes, então não tem desculpa, não se deve ter o direito de matar uma vida”, completa Lorena.

A vereadora teve destaque ano passado quando se tornou relatora do projeto sobre regulamentação do transporte por aplicativo na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Lorena sempre defendeu o que considera certo em seu coração. “O projeto do executivo, que limitava o número de carros, não reflete o estado econômico do país. Eu fui às ruas, eu me reuni com os taxistas, com os motoristas de aplicativo, com todos. Eu tive um trabalho de escuta ativa”, conta a vereadora. “Nunca foi uma briga de Lorena contra os taxistas, isso é uma tendência internacional, o transporte por aplicativo, mas lógico, Salvador tem uma dívida histórica com os taxistas, por isso eles são ouvidos e respeitados nas decisões”, completa.

Como, quase que por regra, todo vereador ‘apoia um bairro da cidade’, Lorena diz que visita a cidade inteira. “Quando faço minhas visitas em Salvador, sou sempre questionada: ‘quando você vem de novo vereadora? Já passaram quinze dias e a senhora não voltou mais’, é muito difícil para mim anteder a todos, mas eu me esforço, caminho junto com as comunidades”, conta.

“Hoje já vislumbro que, em meu caminho na política, é possível que eu cresça, já me enxergo em outros cargos, mas agora, estou focada na reeleição para a Casa, em 2020, se Deus assim quiser. A caminhada política em minha vida é uma estação, e vislumbro outras três estações em minha vida, mas não penso em sair do Legislativo, não agora”, afirma. “Já tive eleitor que me chamou de prefeita, governadora... já até recebi de um profeta uma chave de Brasília, uma linda joia, mas eu joguei longe, nessa época não tinha consciência do meu papel, hoje já considero possível”, completa a Edil.

Questionada sobre sua opinião em relação ao tema ‘ideologia de gênero’, a vereadora diz: “eu acredito em ideologia de gênesis”. “Quando digo isso, na verdade, eu busco resgatar nossa identidade em cristo. Está no DNA. Nesse século temos a tendência de sermos autolimitastes, vivemos uma vida sem nem pensar que podemos morrer. Está se criando uma geração da dúvida, uma geração que cresce com muito medo pela dúvida de saber quem realmente é”, afirma Lorena. “E quando eu falo de ideologia de gênesis, as pessoas não querem entender, já tive muitos bloqueios em minhas redes sociais, já vi muito comentário de ódio. Ideologia de gênesis é ciência, já ideologia de gênero, é um compilado de ideias.”

Quanto ao tema ‘politicamente correto’ e a criminalização da homofobia pelo STF, a vereadora diz que atualmente o ser humano está muito extremista. “É necessário entrar nesse assunto com muito cuidado. Eu posso dizer que você está feia, mas se você for homossexual eu não posso dizer. Eu não posso falar do seu cabelo, do seu brinco nem de sua maquiagem, pois senão serei enquadrada como homofóbica”, conta. “Estamos perdendo o direito à personalidade. Se a constituição te garante intimidade. Mas por qual motivo as pessoas acham que podem chegar em minha cara e querer esfregar e me privar de opinião? Respeite minha opinião e minha fé religiosa. Várias passagens da bíblia falam sobre esse tema e agora eu não vou poder ler mais. Não vou deixar de ler nada e de pregar o que acredito por não ser ‘politicamente correto’, tenho direito de fazer e farei”, completa.

Sobre seus projetos, Lorena fala sobre o ‘projeto de lei anti-baixaria musical’. “É proibido hoje tocar certos tipos de música em escolas públicas. Isso é muito bom”, se alegra. “Temos também o projeto de ‘capelania’ que permite à pessoa em seu leito de ‘morte’ ter o amparo espiritual. Ele viabiliza a visita às essas pessoas, para que a passagem seja mais leve. O maior medo da sociedade é morrer e encontrar o inferno. Tenho muitos projetos lindos, que precisaríamos de horas para contar”, encerra Edil.

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