Vídeo: "A fase do médico autocrático acabou", diz médico sobre o uso obrigatório da vacina contra a Covid-19
No Brasil, parte das vacinas é obrigatória e regulada pelo Programa Nacional de Imunizações

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A obrigatoriedade da vacina voltou a ser assunto entre os jornais e redes sociais e a medida tem causado diferentes opiniões, entre profissionais de saúde, políticos e a população em geral. Na ultima terça-feira (27), em entrevista ao programa Opinião no ar, da Rede TV, o médico neurocirurgião Paulo Porto de Melo defendeu a ideia de conversar antes com o paciente para informar sobre os possíveis efeitos que podem ser gerados.
"A fase do médico autocrático que determina o que o paciente tem que fazer acabou. Para mim seria o mundo ideal dizer ao paciente:: "Olha, desenvolvemos uma vacina mas eu não tenho certeza ainda se ela vai te causar efeito, eu não nem sei se ela vai te proteger em 100% dos casos, você está ciente disso? Sabe que essa vacina pode não te conferir proteção e que ela pode ocasionar algum efeito colateral'. E ai sim, aplicar depois de ter como resposta: 'Doutor, estou ciente, mas mesmo assim eu quero tomar'. Ótimo! isso é uma escolha do paciente", diz o médico.
A ideia é ratificada por outro médico pediatra e toxicologista Anthony Wong. No Brasil, parte das vacinas é obrigatória e regulada pelo Programa Nacional de Imunizações, mas para isso acontecer a Anvisa teria que aprovar, fato esse que levaria ao menos dois anos, segundo o médico.
"Como é que eu vou obrigar uma pessoa a se vacinar de forma incerta com doença que eu posso tratar com risco baixo contra a vontade dela baseando-se a isso para saúde pública", completa Paulo.
O presidente Jair Bolsonaro defende a ideia da vacina contra a covid-19 não ser obrigatória. Segundo o painel do novo corona-vírus, o Brasil já registrou mais de 160 mil mortes pela doença.
Confira o diálogo completo abaixo: