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Vídeo: Ativista de Ilha de Maré acusa vereadora Eliete Paraguassu de agressão e transfobia

Segundo Luana do Brasil, familiares da vereadora foram até a sua casa e e a ameaçaram, além de se referir a ela com pronomes masculinos

Por Inara Almeida , Deivide Sena
Às

Atualizado
Vídeo: Ativista de Ilha de Maré acusa vereadora Eliete Paraguassu de agressão e transfobia

Foto: Farol da Bahia

A ativista e líder quilombola Luana do Brasil acusou, nesta segunda-feira (1º), a vereadora Eliete Paraguassu (PSOL) e sua família de agressão e transfobia. Segundo Luana, o filho e o marido da parlamentar foram até a sua casa, na Ilha de Maré, e a ameaçaram, além de se referir a ela com pronomes masculinos.

"Foi um grande susto, quando me deparei com dois homens na minha porta, com palavras de transfobia, falando que eu não sou mulher nenhuma, que eu sou, que a conversa era de homem para homem e que eu fui registrada como homem. Então, com palavras meio pejorativas contra a minha pessoa, e eu tive que abandonar a minha casa no sábado, porque eu cuido de minha avó, que tem 7 AVCs, tem 85 anos, meu tio está com problema cardíaco. Passou mal na hora, a comunidade toda foi lá tentar até ajudar, com medo, porque eu não sabia se eles iam invadir a minha casa ou não", relatou Luana.

"E o filho dela, todo tempo com a mão para trás, a gente tem vídeos. Com a mão para trás, eu não sei o que ele estava na mão para tentar fazer comigo ou adentrar a minha casa. E hoje, eu vim aqui da delegacia, junto com o meu advogado, que a gente foi prestar um boletim de ocorrência, porque eu estou sofrendo perseguição desde 2020", afirmou.

A ativista conta que a mãe de Eliete já publicou um vídeo disparando "palavras pejorativas" contra ela. "Já fui apedrejada pela mãe dela, tem um vídeo com palavras também pejorativas contra mim, que sempre quer atacar a minha dignidade e a minha honra. Eles sabem que eu sou ratificada desde 2020, eu tenho meu nome social, eu posso usar onde eu quiser", disse.

"Inclusive minha mãe foi agredida, fisicamente, mesmo pela própria vereadora. Então o meu medo naquele momento era esse, que o filho e o marido tentassem adentrar em minha casa e tentar me agredir também", concluiu.

Veja declaração de Luana:

 

 

Grupo Gay da Bahia repudia a agressão

Em nota, o Grupo Gay da Bahia (GGB) repudiou os atos de transfobia e agressão verbal contra Luana. A organização também ressaltou que "desde 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece a homofobia e a transfobia como crimes equiparados ao racismo". "A lei é clara e precisa: não há espaço para a transfobia em nosso país", escreveu.

"O GGB convoca toda sociedade para se unir na defesa da dignidade e respeito para a população LGBTQIA+, porque acreditamos ser um compromisso de todos. Uma pessoa trans que retificou o nome e gênero no documento civil é um direito humano fundamental. Quando repetidamente, a pessoa trans é chamada pelo nome morto, essa ação violenta tem finalidade de ferir", afirmou o GGB.

O Farol da Bahia procurou a vereadora, mas a parlamentar preferiu não comentar sobre a acusação. 

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