Vídeo: Claudio Tinoco defende processo contra Eliete Paraguassu no Conselho de Ética da Câmara
Em entrevista ao Farol da Bahia, vereador disse esperar esclarecimentos por parte da colega

Foto: Farol da Bahia
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Salvador (CMS) abriu um processo ético-disciplinar contra a vereadora Eliete Paraguassu (PSOL) por suposta denunciação caluniosa contra o colega Claudio Tinoco (União Brasil), a quem ela acusou de racismo durante uma sessão em maio deste ano.
Em entrevista ao Farol da Bahia nesta segunda-feira (10), Tinoco afirmou que espera que a psolista esclareça os fatos para que o processo siga o trâmite legal e o colegiado avalie eventuais punições.
“Espero esclarecimento, isso é o mais importante. (...) Na semana passada, o presidente do Conselho de Ética da Câmara, Alexandre Aleluia, leu um parecer na presença de Eliete. Esse parecer, que permitiu a abertura do processo, foi aprovado por unanimidade, inclusive com votos de membros da oposição e de duas mulheres negras. A ela foi facultada a palavra, mas não se pronunciou e, posteriormente, publicou um vídeo nas redes sociais com novas acusações”, afirmou o vereador.
Tinoco lembrou ainda que a denúncia movida pela vereadora contra ele foi arquivada por unanimidade pelo Conselho de Ética, durante reunião do colegiado realizada em setembro, sob o argumento de “inadmissibilidade” e falta de “elementos”.
“A notificação feita pelo Ministério Público a partir da denúncia da vereadora contra mim foi arquivada por unanimidade, também com votos da oposição. De minha parte, o assunto está resolvido. Por outro lado, não podemos descartar a responsabilidade da Câmara e do Conselho de Ética de apurar a postura da vereadora Eliete Paraguassu tem repetido calúnias e denúncias falsas, expondo não apenas a mim, mas também a própria Câmara Municipal”, reforçou.
Eliete tem 15 dias para apresentar defesa, anexar documentos e indicar testemunhas, após a instauração do processo na última quarta-feira (5).
O que diz a vereadora
Em nota, Eliete Paraguassu, primeira mulher quilombola eleita vereadora em Salvador, afirmou que o processo representa uma tentativa de “criminalização da vítima”.
“O Mandato Popular das Águas vai seguir firme. Estamos de pé e continuaremos combatendo e denunciando todas as formas de machismo, racismo e discriminação. Eu sou uma vereadora com os mesmos direitos que os demais 42 parlamentares desta Casa e exijo respeito, porque eu respeito a todos. Não irão me silenciar”, disse a parlamentar.
Confira a declaração:


