Vídeo: Deputados acusam prefeitura de encomendar cassação de Hamilton Assis para "passar recado" à oposição
Parlamentares relacionam ação contra vereador a casos nacionais de perseguição à esquerda

Foto: Farol da Bahia
Os deputados Hilton Coelho (PSOL) e Robinson Almeida (PT) acusam a gestão municipal de Salvador de "encomendar" a cassação do vereador Hamilton Assis (PSOL) com o objetivo de "passar um recado" e silenciar a oposição e movimentos sociais. Os parlamentares compararam o processo que tramita na Câmara Municipal de Salvador contra Hamilton aos enfrentados pelo deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) e pelo deputado estadual Renato Freitas (PT-PR).
"O nosso entendimento é que o recado que está sendo dado em relação ao professor Hamilton Assis não é apenas um recado a um mandato, a um vereador, é a tentativa de silenciar lutadores e lutadoras sociais. Porque são esses mandatos que, nacionalmente, estão sendo mirados com tentativas de cassação", disse Hilton Coelho.
"Na Câmara dos Deputados, o deputado Glauber Braga sofre uma tentativa de cassação porque contestou o então poderoso presidente Lira. No Rio Grande do Norte, uma vereadora do PT, Brisa, também tem ameaçado o seu mandato. E aqui em Salvador é um caso escandaloso, porque não há nenhuma prova de que o vereador Hamilton tenha quebrado o decoro parlamentar. Se há crime nessa história, é cometido pelo prefeito de Salvador, porque não paga o piso dos professores", afirmou Robinson Almeida.
Os deputados marcaram presença em um ato à favor do mandato de Hamilton Assis em frente à Câmara Municipal, nesta segunda-feira (1). Participaram do ato lideranças sindicais, professores, parlamentares baianos e ativistas.
Ato a favor do mandato de Hamilton Assis (PSOL) em frente à CMS. Foto: Farol da Bahia
Por volta das 17h, Hamilton Assis se encaminhou ao plenário, junto ao seu advogado, para entregar a sua defesa contra o processo de cassação de seu mandato. O vereador disse esperar que haja imparcialidade por parte do corregedor da Comissão de Constituição e Justiça da CMS, Alexandre Aleluia (PL), e que o processo seja arquivado.
"Pelo que nós analisamos do processo, consideramos que não há materialidades, as justificativas são muito inconsistentes para sustentar a denúncia. Embora consideremos legítima a ideia de qualquer pessoa de entrar com representação, porque faz parte do processo democrático, nós achamos que os argumentos levantados não dão materialidade a um processo de cassação", avaliou Hamilton.
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