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Vídeo: Dizer que o Estado foi cunhado em racismo estrutural não é suficiente, declara Isaura Genoveva

Titular da Reparação afirma que admitir a profundidade do racismo no Brasil é condição essencial para a efetividade das políticas públicas.

Por Da Redação
Às

Atualizado
Vídeo: Dizer que o Estado foi cunhado em racismo estrutural não é suficiente, declara Isaura Genoveva

Foto: FB Comunicações

No episódio mais recente do Podomblé, divulgado nesta segunda-feira (1), a secretária municipal da Reparação de Salvador, Isaura Genoveva Neta, reforçou a necessidade de o país reconhecer formalmente a profundidade das desigualdades raciais para que o combate ao racismo avance de maneira concreta.

Durante a conversa conduzida pelo apresentador Adriano Azevedo, Isaura afirmou que “a sociedade brasileira é racista, que é cunhada, construída, edificada em bases de opressão, de segregação”, destacando que a população negra, embora maioria numérica no país, segue tratada como minoria nas estruturas sociais.

Ela criticou o que classificou como reconhecimento superficial do racismo estrutural, sem que haja consequências práticas na formulação e execução de políticas públicas. Para a secretária, admitir apenas que o racismo existe não é suficiente para produzir mudanças reais “Só dizer que a sociedade é cunhada no racismo estrutural é dizer aquilo que todo mundo já sabe.”

Isaura defendeu que o Estado reconheça a existência de um “estado inconstitucional das coisas”, conceito utilizado por juristas para descrever situações em que direitos constitucionais são violados de forma sistemática. Segundo ela, essa admissão permitiria pressionar o poder público a implementar ações efetivas e contínuas “A partir do momento que ele reconhece que existe um estado inconstitucional, a gente vai conseguir tratar, enfrentar políticas públicas, a gente vai conseguir buscar reparação e equidade.”

A secretária também criticou a falta de prioridade de instituições que, segundo ela, poderiam contribuir para acelerar avanços. “O STF, mais uma vez, se nega a dar atenção, parte dele, àquilo que é muito caro para a sociedade brasileira”, afirmou.

Para Isaura, o compromisso com a equidade racial depende diretamente da disposição política de enfrentar o problema. Sem esse interesse, diz, o país continuará apenas reafirmando diagnósticos já conhecidos, sem transformar a realidade da população negra.

Veja declaração:

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