Vídeo: Flávio diz que perícia aponta fraude cometida por Moraes no TSE; decisão tornou Bolsonaro inelegível
Parlamentar afirmou que vai oficiar todos os ministros do STF envolvidos no caso
Foto: Reprodução
BRASÍLIA - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou, nesta terça-feira (9), que uma perícia aponta fraude processual cometida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O parlamentar afirmou que vai oficiar todos os ministros do STF sobre o caso envolvendo a condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou Jair Bolsonaro inelegível.
Segundo o filho do ex-presidente, o intuito é que seja aberta uma investigação e que o julgamento em andamento, que envolve Bolsonaro e outros sete réus, seja cancelado. “Até que essa investigação seja concluída, pelo bem da democracia”, disse.
Ao lado de apoiadores no Senado Federal, Flávio Bolsonaro exibiu um documento que, segundo ele, trata-se de um parecer técnico de exame documentoscópico digital que confirma que a sentença proferida pelo então ministro do TSE, Alexandre de Moraes, foi alterada.
“Confirma que a sentença dada por Alexandre de Moraes foi redigida seis dias depois da decisão. Com data retroativa, portanto, a sentença foi produzida posteriormente e lançada como se tivesse sido feita no dia em que ele tomou a decisão. E o mais interessante, como eu disse, é que não se trata de uma perícia feita sobre o documento fornecido por Tagliaferri [durante seu depoimento na Comissão de Segurança do Senado]. Foi feita com base no próprio documento do Supremo Tribunal Federal, que é público. Foi extraído da página do STF”, afirmou.
De acordo com o senador, a perícia é um parecer técnico de exame documentoscópico digital solicitado pelo jornalista David Ágape e realizado pelos peritos Reginaldo Tirotti e Jaqueline Tirotti.
“A data declarada, 19 de agosto de 2022, quando ele deu a ordem para realização da operação sobre o grupo de empresários, diverge da data técnica de compilação, ou seja, da concepção desse documento, que foi 29 de agosto de 2022.”
Além das datas, Flávio Bolsonaro afirma que o documento não apresenta assinatura digital. “Quem faz esse documento é um delegado chamado Fábio Schorr, mas ele não assina digitalmente, o que retira qualquer validade legal de sua assinatura. O parecer conclui que não há assinatura digital, apenas um transplante de assinaturas, não sendo possível atribuir-lhe autoria inequívoca”, concluiu.
Veja declaração (vídeo na segunda página):
