Vídeo: Grupo paramilitar Wagner afirma ter derrubado helicóptero russo

"Estamos avançando e iremos até o fim", disse Yevgeny Prigozhin sobre as ações no país

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FOTO: Reprodução

O líder do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirmou, na madrugada deste sábado (24), que suas forças chegaram à região de Rostov, próxima à Ucrânia, e que não encontraram resistência por parte dos militares nos postos de controle. Prigozhin afirmou ter derrubado um helicóptero do exército russo.

"No entanto, destruiremos qualquer pessoa que esteja em nosso caminho. Estamos avançando e iremos até o fim", disse após chamar os recrutas nos postos de comando como "crianças" e afirmar que não está lutando contra eles.

Vídeos das redes sociais mostram homens armados supostamente chegando à sede da polícia regional do município de Rostov-on-Don, conforme apurado pela agência de notícias Reuters. No entanto, ainda não há confirmação de que esses homens pertençam ao grupo Wagner. Segundo a Reuters, os mercenários também assumiram o controle de prédios militares na cidade de Voronezh, localizada a cerca de 500 km de Moscou. o exército russo tenta combater o avanço do grupo nessa região.

A FSB, agência de segurança da Rússia, emitiu uma ordem de prisão contra Prigozhin.

O governador da região de Rostov, que faz fronteira com a Ucrânia, pediu aos moradores que permaneçam em casa. Vassily Golubev solicitou que todos fiquem calmos e só saiam de casa se necessário.

O Grupo Wagner é uma empresa paramilitar privada com conexões com o governo russo. Embora já existisse antes da guerra na Ucrânia, durante o conflito o Wagner passou a recrutar prisioneiros, civis russos e estrangeiros, à medida que a Rússia perdia um grande número de soldados.

Durante a guerra da Ucrânia, frequentemente o grupo Wagner é utilizado na linha de frente, gerando acusações mútuas entre Prigozhin e os comandantes do exército russo. O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, é o principal rival de Prigozhin.

Na sexta-feira, Prigozhin alegou que o Ministério da Defesa russo atacou um acampamento do grupo, resultando na morte de muitos de seus combatentes. Foi então que ele declarou estar abertamente em confronto com o ministério.

O Ministério da Defesa emitiu um comunicado afirmando que as acusações de Prigozhin sobre o ataque ao acampamento "não correspondem à realidade e são uma provocação informativa". Segundo as autoridades, o presidente Vladimir Putin está ciente da situação e todas as medidas necessárias estão sendo tomadas.

A FSB abriu um caso criminal contra Prigozhin e emitiu uma ordem de prisão contra ele sob a acusação de incitar um motim, um crime passível de até 20 anos de prisão no país.

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