Vídeo: Hilton Coelho questiona lisura das contas de Salvador devido ligação de Bruno Reis com alvos da Overclean: "acende uma luz vermelha"
Parlamentar protocolou representação no TCM e MPBA a respeito do descumprimento da Lei do Piso do Magistério
Foto: Farol da Bahia
O deputado estadual Hilton Coelho (Psol) afirmou ao Farol da Bahia, nesta terça-feira (6), que a relação do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), com alvos da operação Overclean deixa dúvidas sobre a lisura das contas do município.
A declaração foi feita durante comentário sobre a decisão do deputado de entrar com uma representação no Tribunal de Contas do Município (TCM) e no Ministério Público da Bahia (MPBA) a respeito do descumprimento da Lei do Piso do Magistério.
A representação questiona por qual motivo a Prefeitura de Salvador não solicitou acessos a recursos orçamentários do governo federal, garantidos por lei. Na visão do deputado, há um problema no esclarecimento das contas da gestão municipal.
“É impossível não estabelecer um nexo entre as duas situações: os escândalos e a negação do respeito à lei em Salvador, porque a condição para que o município acesse recursos federais suplementares é abrir as contas do município. Se a gente percebe que existe tanto problema em relação aos recursos municipais, em função dessas movimentações reveladas pela Polícia Federal, é óbvio que para nós se acende uma luz vermelha de que talvez o principal motivo da prefeitura não acessar esses recursos federais seja justamente a impossibilidade de ter contas que sejam transparentes”, disse. Veja vídeo:
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Hilton disse ainda que encara com preocupação a sociedade do prefeito Bruno Reis com Samuel Franco, mais conhecido como Samuca, apontado como operador financeiro do esquema investigado pela Overclean.
“Muito nos preocupa essa situação no município de Salvador, as últimas notícias de que o prefeito chega inclusive a uma situação de ser sócio do principal operador do esquema de corrupção apontado pela Overclean, e mais do que isso ter no nome desse operador um apartamento. Para nós é lastimável, é espantoso, mas ao mesmo tempo precisa ser resolvida essa situação”, concluiu.
Overclean
As investigações apontam uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos por meio do DNOCS, especialmente a Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST-BA), responsável pela movimentação de cerca de R$ 1,4 bilhão.
Os recursos públicos eram provenientes de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais. A organização utilizava o superfaturamento de obras e desvios financeiros.
Nas primeiras duas fases da operação, 16 pessoas foram presas.
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