Líder do PL na Câmara diz que PEC da Blindagem não será mais prioridade do partido
Votação da proposta foi adiada por falta de consenso entre líderes

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcanti, anunciou nesta quinta-feira (28) que a PEC que blindaria parlamentares não será mais prioridade para o partido. Sem um consenso, a votação da proposta foi adiada na noite da última quarta-feira (27).
“Sobre essa PEC, se algum outro partido quiser, nós vamos ser coadjuvantes, não seremos mais protagonistas (...). Porque eu acho que alguns partidos e alguns colegas, para quem isso é um benefício para os 513 deputados e 81 senadores, preferem se acovardar”, afirmou o deputado em entrevista à GloboNews.
A proposta foi apoiada por bolsonaristas por propor limitar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) em investigações contra parlamentares. A Corte é responsável pelo julgamento de Bolsonaro na ação penal por suposta trama golpista.
A PEC foi apresentada pelo atual ministro do Turismo, Celso Sabino, do União Brasil. A proposta afirma que parlamentares só poderão ser presos em flagrante por crimes inafiançáveis e que inquéritos terão que ter autorização do Congresso.
A proposta tinha perdido força desde a apresentação, em 2021, mas foi revivida pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), que deu a relatoria ao deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG).
Hugo Motta pautou a PEC para poder se votada na última quarta-feira (27), mas recuou pela falta de acordo. A discussão deverá ser reiniciada na semana que vem. Porém, Sóstenes não descartou apoio a um eventual relatório apresentado por Andrada, desde que outro partido leve o texto para os líderes.