Vídeo: "Não é saída, é uma posição de independência", diz Félix Mendonça Júnior sobre afastamento do PDT da base do governo
Deputado federal esclarece que partido "não virou oposição" em coletiva nesta terça-feira (6)

Foto: Reprodução/Farol da Bahia
BRASÍLIA - O deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) afirmou que o afastamento do Partido Democrático Trabalhista (PDT) da base aliada do governo do presidente Lula (PT) não é uma saída, e sim uma posição de independência. A declaração ocorreu na tarde desta segunda-feira (6), em coletiva de imprensa na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
"Essa saída nossa, na verdade, não é saída, é uma posição de independência. Nós não viramos uma oposição. É bom frisar isso", afirmou o deputado.
A bancada do partido na Câmara dos Deputados decidiu deixar a base aliada do governo petista. Conforme informações do líder do partido, Mário Heringer (PDT-MG), a decisão — unânime entre os parlamentares — acontece após insatisfação com as expectativas para as eleições de 2026, além do tratamento petista pelo partido.
• Com saída de Lupi, bancada do PDT na Câmara deixa base aliada de Lula
O afastamento ocorreu quatro dias depois da demissão do ministro da Previdência Social e então presidente do PDT, Carlos Lupi, em meio ao escândalo de fraude do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para o lugar de Lupi, Lula nomeou o ex-deputado Wolney Queiroz, número dois na hierarquia da pasta. Apesar de o político citado também ser do partido, a nomeação dele não atende ao PDT.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, disse que respeita a decisão da bancada do PDT na Câmara de deixar a base de apoio do presidente da República.
Escândalo do INSS
Lupi pediu demissão depois do escândalo de desvios de valores de aposentadorias e pensões pagas pelo INSS ser descoberto pela Controladoria-Geral da União (CGU) e Polícia Federal (PF).
Conforme as investigações, as fraudes começaram no ano de 2019. Associações e entidades faziam descontos irregulares na folha de pagamentos de aposentados e pensionistas sem a devida autorização.
Segundo estimativas do governo federal, mais de 4 milhões de pessoas podem ter sido lesadas. O prejuízo total pode chegar a cerca de R$ 6 bilhões.
Veja declaração:
LEIA MAIS:
• Após bancada do PDT deixar base de Lula, Gleisi Hoffmann diz que respeita decisão e segue
• Fraude INSS: novo ministro da Previdência assinou emenda que afrouxou regras de controle de descontos
• Carlos Lupi pede demissão do ministério da Previdência em meio a escândalo no INSS