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Vídeo: “O racismo é um crime perfeito porque entra em todas as estruturas”, afirma I’sis Almeida no Podomblé

Jornalista analisa como epistemicídio e racismo moldam a imprensa, a educação e o mercado de trabalho no Brasil

Por Da Redação
Às

Atualizado
Vídeo: “O racismo é um crime perfeito porque entra em todas as estruturas”, afirma I’sis Almeida no Podomblé

Foto: FB Comunicações

No episódio do podcast Podomblé, que foi ao ar na segunda-feira (15), a jornalista I’sis Almeida discutiu como o racismo opera de forma estrutural na sociedade brasileira, atravessando instituições como a educação, a política, o mercado de trabalho e, especialmente, a imprensa.

Durante a conversa com o apresentador Adriano Azevedo, I’sis afirmou que o racismo se sustenta justamente por sua capacidade de se infiltrar em múltiplas áreas. “Quando se diz que o racismo é um crime perfeito, é porque ele consegue adentrar as nossas casas, as estruturas educacionais, a estrutura de trabalho, a estrutura política e a própria imprensa”, afirmou.

A jornalista relacionou esse processo ao conceito de epistemicídio, desenvolvido por Sueli Carneiro, que trata da exclusão sistemática dos saberes negros, sobretudo no ambiente acadêmico. Segundo I’sis, a ausência dessas epistemologias no ensino formal impacta diretamente a formação de profissionais e o modo como o conhecimento circula na sociedade.

“Quando você anula as epistemologias negras dentro da academia, você impede que aquilo que é pensado ali chegue à sociedade. Isso vira um ciclo”, explicou.

Ao relatar sua experiência pessoal, I’sis destacou que, durante a graduação em jornalismo, teve contato com pouquíssimos autores negros. “Isso significa que, quando eu chego ao mercado, também anulo essas possibilidades na forma como escrevo e penso. O resultado é um jornalismo embranquecido, que não se questiona sobre ética e responsabilidade social”, disse.

Para a jornalista, a filosofia africana é um campo fundamental para repensar o jornalismo brasileiro e enfrentar as bases estruturais do racismo. “Pra repensar, não pra pensar, mas repensar o racismo no jornalismo”, concluiu.

Assista ao corte:
 

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