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Vídeo: “Os grupos de afoxé e a comunidade negra ficam apenas com as sobras”, diz Samuel Vida sobre o Carnaval

Convidado do podomblé critica concentração de recursos e denuncia desigualdade estrutural na festa de Salvador

Por Da Redação
Às

Vídeo: “Os grupos de afoxé e a comunidade negra ficam apenas com as sobras”, diz Samuel Vida sobre o Carnaval

Foto: Farol da Bahia

No episódio do Podcast Podomblé que foi ao ar no dia 18 de agosto, o advogado, professor de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Ogã de Xangô do Terreiro do Cobre, Samuel Vida, destacou as formas sutis e estruturais do racismo que ainda marcam a sociedade brasileira, em especial no contexto cultural da Bahia.

“O complicado é o racismo sutil, é aquele que é capaz de te abraçar, de parecer que te promove, de fazer uma festa para você, celebrar a cultura negra. Mas, quando você vai ver os estudos sobre o Carnaval, percebe que os blocos afro, os grupos de afoxé e a comunidade negra ficam apenas com as sobras. A maior participação de pessoas negras no Carnaval soteropolitano é no trabalho informal: vendendo em isopor, catando latas. Os grandes volumes de recursos vão para a elite branca, que organiza camarotes e grandes estruturas privadas”, afirmou.

Para ele, esse tipo de desigualdade é mais grave do que ofensas diretas. “Chamar alguém de macaco cada vez menos encontra eco, porque já conseguimos construir autoestima em um espaço cultural de afirmação da estética e da beleza negra. O problema sério é estrutural, é econômico, é o lugar que a população negra ainda ocupa dentro dessas dinâmicas”, ressaltou.

Apesar dos avanços na valorização da identidade negra, Samuel Vida alerta que as novas gerações, especialmente as crianças, ainda podem ser mais vulneráveis às agressões raciais de caráter direto.

Assista trecho do episódio: 

 

 

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