Vídeo: Protestos na Barra pedem fim do feminicídio e criticam PL da Dosimetria

Manifestantes se reúnem na região do Cristo na manhã deste domingo (14)

Por Da Redação
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Vídeo: Protestos na Barra pedem fim do feminicídio e criticam PL da Dosimetria

Foto: Farol da Bahia

O bairro da Barra, em Salvador, é palco de manifestações na manhã deste domingo (14). Mulheres participam da mobilização nacional “Mulheres Vivas”, que denuncia a violência de gênero e os altos índices de feminicídio no país.

No mesmo local, outros manifestantes protestam contra o chamado PL da Dosimetria, aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada da última quarta-feira (10).

Durante o ato, é possível ver cartazes com frases como “nenhuma a menos”, “deixem as mulheres vivas” e “fora Hugo Marmita”, em referência ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Fotos: Farol da Bahia

CONFIRA: 

Violência contra a mulher

Em 2024, o país teve o maior número de feminicídios desde a tipificação do crime, em 2015. Foram 1.492 casos, o equivalente a uma média de quatro mortes por dia, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

O perfil das vítimas revela que 63,6% eram mulheres negras; 70,5% tinham entre 18 e 44 anos; oito em cada dez foram assassinadas por companheiros ou ex-companheiros; e 64,3% dos crimes ocorreram dentro de casa.

Entenda o PL da Dosimetria

O Projeto de Lei da Dosimetria foi aprovado pela Câmara às 2h26 da quarta-feira (10), com 291 votos favoráveis, 148 contrários e uma abstenção.

De autoria do presidente da Casa, Hugo Motta, e relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), o texto altera as regras de cálculo das penas para crimes como golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Na prática, o projeto impede o acúmulo de penas para crimes relacionados e permite a progressão de regime após o cumprimento de apenas um sexto da pena em regime fechado.

No caso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, condenado a 27 anos e três meses, a nova regra poderia permitir a saída da prisão em pouco mais de dois anos.

 

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