Vídeo: "Sempre foi algo genuíno", rebate Bárbara Carine sobre suposto machismo na letra da música "Girassol"
Para a professora, a composição nunca soou de um jeito "heterotop ou machistão"

Foto: Reprodução/Instagram @uma_intelectual_diferentona
A professora Bárbara Carine rebate o argumento utilizado por um dos compositores da música "Girassol", Toni Garrido, sobre o suposto machismo na letra da canção. Para a escritora, a composição nunca soou de um jeito "heterotop ou machistão".
Carine publicou um vídeo nas redes sociais nesta terça-feira (7) para explicar o seu ponto de vista. "Nunca bateu de um jeito "heterotop", nunca bateu de um jeito "machistão". Para mim, sempre foi algo genuíno, bonito, né? De que para ser homem, que parece ser uma coisa muito grande, tem que ter a grandeza de um menino, que parece frágil, pequeno, ingênuo. A grandeza de um menino reside justamente no sonho, em ser genuíno, em confiar sem medidas, em não ter o acúmulo das dores da vida, né? Reside na beleza de ser puro", afirmou.
Bárbara também reforça a importância da poesia e cita que cada ouvinte interpreta uma letra de diferentes formas.
"Eu acho que quem sabe das composições é o compositor. Óbvio que no momento que ele cria, o criador e criatura se separam, a composição entra para o circuito cultural e ela é apropriada pelas pessoas que dão diferentes sentidos a ela. Em mim, sempre bateu de um jeito muito lindo esse trecho da música, né? Já que para ser homem tem que ter a grandeza de um menino", apontou.
Por fim, a professora dá um recado a Toni. "Meu irmão, eu sei que a composição é de vocês, mas se quiser, pode continuar usando 'a grandeza de um menino' que a gente ama e a gente agradece".
Entenda a polêmica
No último sábado (4), em uma apresentação no programa "Altas Horas", Toni Garrido cantou a música "Girassol" com uma alteração na letra. A composição, que originalmente diz "já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino", foi mudada para "já que pra ser homem tem que ter a grandeza de uma menina". Ainda no programa, Garrido afirmou que reformulou a letra por considerá-la "hétero, machista, top e horrível".
Após a repercussão do episódio, Da Ghama utilizou as redes sociais na segunda-feira, e publicou um vídeo no qual defende a composição original e diz que foi desrespeitado com a alteração da letra.
"Coisa machista, hétero machista, como assim? [...] Me senti altamente desrespeitado como compositor, claro! Mas deixando claro que a ideia básica é de colocar a grandeza de um homem na pureza de um menino, que traduz, na verdade, esse sentimento de poder fazer uma crítica em relação aos homens que fazem a guerra", explicou o cantor.
Confira o vídeo abaixo: