Vídeo: "Vai ajudar no combate à criminalidade e o Governo vai entender isso", afirma relator sobre PL que equipara facção a terrorismo
Deputado ainda destacou que Governo tem manifestado medo com potencial ajuda internacional se projeto for aprovado

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL) afirmou nesta quarta-feira (12) que o Governo tem "medo" de ajuda internacional caso o Projeto de Lei (PL) que equipara facções ao terrorismo, seja aprovado em votação na CCJ da Câmara. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta adiou ainda hoje, a votação do projeto Antifacção.
"Ao mesmo tempo em que o governo fala que quer conversar para tirar tarifa, ele acha que Donald Trump é o ditador do mundo. É o que eu penso, e não tá na hora da gente pensar nisso, até porque eu provo com fatos. A Venezuela não votou nenhum projeto de lei para equiparar ninguém a terrorismo e já estão explodindo barros lá. Lamentavelmente, os Estados Unidos tem essas atribuições por ser a maior potência bélica mundial. Eu acho que é uma cisma do governo desnecessária nessa hora e acho que a gente tem que fazer o debate sem paixão", disse.
O parlamentar também afirmou estar disposto a dialogar com o Governo Federal para tentar um consenso sobre a votação do projeto. "Eu tô disposto a conversar com os ministros do atual governo, sem nenhum tipo de paixão política, para a gente resolver de verdade a questão da segurança pública com a seriedade que a gente precisa ter. A gente precisa avançar, colocando eles como terroristas, que isso vai ajudar no combate à criminalidade e já já o Governo vai entender isso, eu tenho certeza", afirmou.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), apresentou ao deputado Guilherme Derrite (PP-SP), relator do projeto de combate às facções criminosas, quatro pontos de alteração na proposta.
Dentre as alterações, estão a decretação da alienação de bens de faccionados e recursos dedicados à Polícia Federal. Derrite disse que analisa as propostas.
O PL 1.283/2025 encaminhado para a Câmara dos Deputados pelo governo Lula (PT) tem mobilizado discussões sobre eventuais formas de combater as milícias e facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV).
A proposta foi remetida ao Congresso dias depois da megaoperação feita contra o CV no fim do mês passado nos complexos da Penha e do Alemão, zona norte do Rio.
O projeto foi assinado pelo presidente Lula com intenção de fortalecer a atuação do governo no combate as organizações criminosas.
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