Vírus Ebola pode ressurgir em sobreviventes anos após infecção, aponta estudo
Novos casos aconteceram sete anos após o país ter sofrido uma epidemia da doença e a OMS considerar o local livre do vírus

Foto: Reprodução/R7
O vírus Ebola, um dos mais letais do mundo, possui uma taxa de mortalidade em torno de 50%, que pode chegar a 90% em alguns locais com sistema de saúde fragilizado segundo a Organização Mundial de Saúde. Sobreviver a doença, no entanto, não significa que o paciente esteja totalmente livre do vírus.
De acordo com um artigo publicado na revista Nature, no começo de 2021 a Guiné enfrentou um novo surto de Ebola, entre 14 de fevereiro e 19 de junho. Os novos casos aconteceram sete anos após o país ter sofrido uma epidemia da doença e depois da OMS ter considerado o local livre do vírus.
No entanto, o sequenciamento do genoma dos novos casos aponta que eles não fazem parte de uma nova contaminação. Ou seja, o vírus não passou novamente de um animal para um humano. A linhagem de 2021 mostra que o Ebola ficou em sobreviventes durante esse período e voltou a se manifestar após cinco anos.
O Ebola surge em algumas espécies de morcego, que por sua vez contaminam outros animais, e passam a doença para os humanos.


