VLT: Leandro de Jesus diz que governo da Bahia comete ‘ato criminoso’
Ao comentar obras paralisadas, deputado aponta “descaso” e "falta de respeito”

Foto: Farol da Bahia
O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) não hesitou em classificar a paralisação das obras do VLT do Subúrbio como um "ato criminoso". Em entrevista ao Farol da Bahia, durante uma audiência pública realizada na Câmara Municipal nesta quinta-feira (3), ele expressou sua preocupação com o "descaso" e "falta de respeito" por parte do governo da Bahia em relação às obras do monotrilho, que estão paralisadas há 900 dias, prejudicando os moradores da região.
"É um descaso, falta de respeito e mais do que isso, trata-se de um ato criminoso. A situação do VLT é lamentável, e essa paralisação já dura anos, causando prejuízos econômicos, sociais e históricos para milhares de pessoas em Salvador. Não estamos falando apenas de um meio de transporte, mas de uma história que faz parte da cultura da cidade", afirmou o parlamentar.
"Quando você destrói os trens do subúrbio, está destruindo a história de milhares de pessoas. Isso é lamentável. Já foram gastos mais de R$ 57 milhões sem sequer um prego batido no local da obra. Isso reflete não apenas o descaso com o VLT, mas também é a soma de todas as promessas não cumpridas", completou.
Entenda o caso
Em fevereiro de 2019, o governo da Bahia assinou um contrato com o Consórcio Skyrail, composto pelas empresas chinesas Build Your Dreams (BYD) e Metrogreen, para a construção do VLT do Subúrbio de Salvador. Esse novo modal seria responsável por substituir o sistema de trens que atendia 10 estações e conectava os bairros da Calçada a Paripe.
Inicialmente, o governo divulgou a previsão de conclusão de 100% do projeto até o segundo semestre de 2024, com um trecho chegando até a parada Lobato no primeiro semestre de 2023. No entanto, desde então, a obra não avançou. Houve sucessivas alterações nos prazos de entrega, no traçado e, principalmente, nos valores. O custo inicial estimado para a conclusão do VLT era de R$ 1,5 bilhões, mas o valor atual já ultrapassa os R$ 5,2 bilhões.


