Volta às aulas: variante Ômicron será o maior desafio de professores e gestores escolares

Especialistas preveem pico de infecções pela nova cepa no início de fevereiro

Por Da Redação
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Volta às aulas: variante Ômicron será o maior desafio de professores e gestores escolares

Foto: Pixabay

A alta no número de casos de Covid-19 no Brasil aponta para um início de ano letivo desafiador nas escolas, mais até do que o projetado até novembro do ano passado - mês em que a nova variante Ômicron foi identificada na África do Sul. Mesmo que as aulas presenciais não sejam interrompidas, ainda assim será preciso se preparar para impactos na rotina escolar.

Um exemplo para o Brasil sobre a forma de lidar com a Ômicron durante o ano letivo são os Estados Unidos. Olhar para este país permite identificar alguns riscos possíveis com antecedência, já que as férias de verão por lá acontecem apenas no meio do ano, o que significa que a chegada da Ômicron ocorreu em pleno período escolar. 

Um levantamento feito pela empresa Burbio, que trabalha com análise de dados no setor educacional dos EUA, divulgado pela coluna de Antônio Gois, do O Globo,  mostra que até quinta-feira passada, 4.783 escolas públicas estadunidenses decidiram interromper aulas presenciais por um ou mais dias na semana. No entanto, essas instituições representam apenas 5% do total de escolas locais naquele país, um indicativo de que a imensa maioria das redes está se esforçando para evitar que isso aconteça.

Entretanto, devido ao aumento no número de casos em toda a população, até mesmo as escolas que mantiveram aulas estão tendo que lidar com o súbito crescimento no número de professores e alunos que precisam faltar por terem testado - ou terem algum testado familiar - positivo para a Covid-19.

A esperança das autoridades educacionais dos Estados Unidos, como o ministro da Educação, Miguel Cardona, e de outros países do hemisfério norte que já estão sofrendo os efeitos da Ômicron nas escolas é de que a menor letalidade dessa nova variante seja confirmada na prática e que, a exemplo do que ocorreu na África do Sul, essa onda passe rápido - foram dois meses no país africano.

O Brasil está vivendo com um aumento expressivo no número de casos de coronavírus durante o mês de férias escolares. Os professores e jovens adolescentes já foram vacinados, em sua grande maioria, e isso traz vantagens para o que pode vir pela frente. 

Segundo a projeção de especialistas, o país entrará no pico de casos da nova variante Ômicron no início de fevereiro. Vale ressaltar que neste mês de janeiro as doses de infantis da vacina Pfizer contra a Covid-19, chegam ao Brasil, Estão previstas, de acordo com o Ministério da Saúde, 3,7 milhões de doses. A primeira remessa chega ainda nesta semana. 

Apesar de imprevistos, a Unicef apela, em comunicado divulgado em dezembro para todos os sistemas educacionais do mundo, para  que o “fechamento de escolas deve ser evitado sempre que possível” e que “escolas devem ser sempre os últimos lugares a fechar e os primeiros a reabrirem ”.

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