Voluntárias preparam a 10ª edição do bazar em prol de obras da Casa da Providência, em Salvador

"Metade do nosso trabalho é feito com amor e a outra metade por amor", esse é o lema do serviço voluntário feito por um grupo de 20 mulheres que dedicam tempo e mão de obra para arrecadar recursos a serem destinados para a manutenção das obras da Casa da Providência, um dos núcleos no Brasil da Associação Internacional das Caridades, existente desde julho de 1854.

Durante todo o ano, o grupo se reúne para organizar o bazar beneficente que ocorre sempre no Yacht Clube da Bahia, no mês de novembro. Neste ano, o evento acontecerá no dia 9, das 9h às 19h. Essa será a décima edição do bazar, que precisou ser adiada em 2020 por causa da crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19.

De acordo com as integrantes da organização do evento, os trabalhos são iniciados em março e concluídos em novembro, após a realização do bazar. Entre os meses, elas buscam comprar os materiais para a confecção de jogos de toalha para o banheiro, lavabo, mesa, pano de prato e de chão, jogo americano, nécessaire para medicamentos ou maquiagem, boleiros, entre inúmeros artigos que são vendidos por elas, que vão variar de R$ 15 a R$ 200, podendo serem pagos por Pix, cartões de crédito e débito, ou em dinheiro.

Por causa da pandemia, as participantes optaram por suspender o evento no ano passado, já que o grupo é formado por mulheres a partir dos 60 anos, idade considerada de risco para a doença, além de que ainda não havia uma vacina que tivesse uma proteção contra o agravamento da doença provocada pelo vírus. E para que os serviços não fossem totalmente paralisados, as caridosas confeccionaram, pintaram e costuraram as peças das suas próprias casas. Na concepção delas, a prática foi uma espécie de terapia durante o período rigoroso de isolamento social.

De acordo com Lúcia Mesquita, de 73 anos, uma das mulheres que está há mais de 10 anos no grupo, foi um período em que todas aproveitaram para trabalhar de casa. "Nós aqui, além do trabalho que a gente faz com tanto amor, a gente sabe que muitas pessoas são ajudadas, e isso faz com que a gente se anime mais, mesmo com a pandemia. Somos todas idosas, corremos mais riscos e muitas tiveram muito medo, mas todas se cuidaram muito bem", disse.

Para Teresinha Garrido, de 80 anos, as expectativas de vendas para este ano estão altas, em compensação pela falta da realização do evento em 2020. "As pessoas estão muito animadas, acho que elas também sentem muita falta disso. Elas precisam disso. Os produtos são feitos com muito carinho e muito capricho. A expectativa é de um público bem grande e que com esse dinheiro a gente possa ajudar essas obras da Casa, que são maravilhosas", expressou.

Entre as obras mantidas pela Casa estão: os projetos de assistência social, moradia digna, Escola Municipal Casa da Providência, projeto São Vicente, música para crianças, curso de artesanato, atividades recreativas, projeto abraço a microcefalia, entre outros. Mais informações pelo e-mail asc.casaprovidencia@hotmail.com ou pelo telefone (71) 3254-1351.