BEBÊS DE SILICONE

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BEBÊS DE SILICONE

Os tais bebês reborns (bonecos de silicone ou vinil que têm  impressionante semelhança a bebês humanos) conquistam cada vez mais famosos e já foram adotados por Jojo Todynho, Xuxa e Luciana Gimenez. A apresentadora da RedeTV, inclusive, esta semana, exibiu um "parto" da boneca em seu programa na emissora. Verdade! Eu vi. Com isso, passou-se a discutir a forma como a web aborda temas como luto, saúde mental e maternidade. Alguns têm afirmado que são objetos terapêuticos, para superação de traumas, frustrações ou situações que se valham. Não percebo assim. Penso que é a extensão desses problemas, não a resolução. Por isso, deve haver cautela em relação à forma como tais experiências com a boneca ganham as redes sociais. "O que vemos é uma tendência crescente de transformar processos humanos profundos, como o luto, o amor ou o nascimento, em conteúdos rápidos, higienizados e performáticos", apontam estudiosos em neurociência do comportamento.

Estamos em uma preocupante zona de fronteira entre fantasia e realidade. Vemos pessoas ultrapassando o limite da selfie mentirosa de felicidade, para criar, na realidade, um devaneio que me parece mentalmente problemático. Não se trata de brincar de boneca, mas de se adotar uma como gente. Editamo-nos nas redes sociais o que somos, mas agora estamos criando um viver que não temos, realmente. É muito mais do que apenas confundir fantasia com realidade, estamos entabulando relação, laços de amor, de afetividade com bonecos de bebê.

Publicar vídeos de partos de bebês reborn, trocar fraldas, amamentar, dar nomes, cuidar, ter certidão de nascimento, levar para passear, fazer encontros entre “pais”, geralmente são “mães”, é de uma bizarrice, que a mim, honestamente, chega a ser meio macabro. A sociedade se deteriora em suas relações, fazendo compras, exagerando em alguma coisa, para compensar o que falta. É um buraco que em algum momento se abriu na alma dessas pessoas e não fechou. Fantasias com bonecos inertes, sem vida: a tentativa de satisfação de grandes faltas ou culpas.

Naturalmente, não falo daqueles(as) que adquirem como colecionadores, ou mesmo pela precisão das formas. Não. Falo daqueles, em especial, que vivem na sua vida essa “realidade” falsa, construída. Alguns especialistas, todavia, afirmam que o uso é saudável quando há consciência simbólica, a pessoa sabe que o boneco é um recurso afetivo, lúdico ou terapêutico, e que o sinal de alerta aparece quando há ruptura com a realidade. Mas qual será esse sinal?  Que mundo estrambólico é este que estamos vendo passar à nossa frente, onde há ruptura do bom senso sobre muitos aspectos? Eu, hein....

Os tais bebês reborns (bonecos de silicone ou vinil que têm  impressionante semelhança a bebês humanos) conquistam cada vez mais famosos e já foram adotados por Jojo Todynho, Xuxa e Luciana Gimenez. A apresentadora da RedeTV, inclusive, esta semana, exibiu um "parto" da boneca em seu programa na emissora. Verdade! Eu vi. Com isso, passou-se a discutir a forma como a web aborda temas como luto, saúde mental e maternidade. Alguns têm afirmado que são objetos terapêuticos, para superação de traumas, frustrações ou situações que se valham. Não percebo assim. Penso que é a extensão desses problemas, não a resolução. Por isso, deve haver cautela em relação à forma como tais experiências com a boneca ganham as redes sociais. "O que vemos é uma tendência crescente de transformar processos humanos profundos, como o luto, o amor ou o nascimento, em conteúdos rápidos, higienizados e performáticos", apontam estudiosos em neurociência do comportamento.

Estamos em uma preocupante zona de fronteira entre fantasia e realidade. Vemos pessoas ultrapassando o limite da selfie mentirosa de felicidade, para criar, na realidade, um devaneio que me parece mentalmente problemático. Não se trata de brincar de boneca, mas de se adotar uma como gente. Editamo-nos nas redes sociais o que somos, mas agora estamos criando um viver que não temos, realmente. É muito mais do que apenas confundir fantasia com realidade, estamos entabulando relação, laços de amor, de afetividade com bonecos de bebê.

Publicar vídeos de partos de bebês reborn, trocar fraldas, amamentar, dar nomes, cuidar, ter certidão de nascimento, levar para passear, fazer encontros entre “pais”, geralmente são “mães”, é de uma bizarrice, que a mim, honestamente, chega a ser meio macabro. A sociedade se deteriora em suas relações, fazendo compras, exagerando em alguma coisa, para compensar o que falta. É um buraco que em algum momento se abriu na alma dessas pessoas e não fechou. Fantasias com bonecos inertes, sem vida: a tentativa de satisfação de grandes faltas ou culpas.

Naturalmente, não falo daqueles(as) que adquirem como colecionadores, ou mesmo pela precisão das formas. Não. Falo daqueles, em especial, que vivem na sua vida essa “realidade” falsa, construída. Alguns especialistas, todavia, afirmam que o uso é saudável quando há consciência simbólica, a pessoa sabe que o boneco é um recurso afetivo, lúdico ou terapêutico, e que o sinal de alerta aparece quando há ruptura com a realidade. Mas qual será esse sinal?  Que mundo estrambólico é este que estamos vendo passar à nossa frente, onde há ruptura do bom senso sobre muitos aspectos? Eu, hein....

 

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