José Medrado

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As Olimpíadas de Tóquio acabaram, ficando o Brasil com recordes de ouros e de medalhas que levara o Brasil ao 12º lugar no quadro de classificação geral. A melhor posição da história, uma acima do 13º conquistado no Rio, em 2016. Todavia, começa agora no fim de agosto e começo de setembro a Paralimpíadas de Tóquio, e, infelizmente, não vemos o povo brasileiro com o meus entusiasmo e expectativas para estes jogos. Sem saber que o Brasil tem melhor rendimento com os seus atletas paraolímpicos, à frente mesmo dos olímpicos. Em 2016, no Rio de Janeiro, o Brasil alcançou o 8º lugar na classificação geral com 14 medalhas de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. O total de 72 medalhas que foi o melhor resultado obtido, até então, pelo país em Jogos Paralímpicos. A delegação brasileira foi composta por 286 atletas, sendo 184 homens e 102 mulheres em 22 modalidades

O desporto das pessoas portadoras de deficiência, no Brasil de hoje, é uma realidade incontestável. Contudo, se vimos atletas olímpicos se queixando da falta de apoio apropriado, imaginemos os paraolímpicos, com dificuldades encontradas no que diz respeito a infraestrutura dos clubes e associações de esportes,  tais como: locais apropriados, materiais e equipamentos adequados, além da conscientização dos próprios portadores de deficiência e sua família sobre a importância do esporte como fator preponderante no auxílio à reinserção do portador de deficiência na vida social. Outra grande questão é a falta de profissionais habilitados e adequadamente preparados para atuarem com essas pessoas nos esportes específicos, principalmente, no que diz respeito, na avaliação e metodologia do treinamento esportivo com bases científicas, têm sido, infelizmente, uma das principais queixas e reivindicações dos clubes, associações nacionais, atletas e dirigentes do desporto adaptado no nosso país. Sem falar, naturalmente, digamos, da falta de torcida vigorosa, entusiasmada, dando a impressão até de resistência a acompanhar por algum tipo de dificuldade de enfrentamento com as deficiências dos nossos patrícios. 

As Paralimpíadas de Tóquio 2021  terá a participação de 131 países ao todo. O Brasil lidera esse quesito, com 253 paratletas, seguido da China, com 230, e do Comitê Paralímpico Russo, com 181 atletas.

Possamos como sociedade valorizar e estimular esse tipo de desporto, a fim de que adultos e crianças com deficiência possam dimensionar a importância desta capacidade transformadora inclusive em seus aspectos psicológicos e sociais, como ferramenta de reabilitação e também de inclusão na sociedade desses resilientes atletas, que deveriam ser vistos como símbolos poderosos de referência para aceitação e superação.
 


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