Sou um daqueles que acreditam que a juventude, e nela, está uma real esperança de transformação da cultura oportunista, de fraudes e roubos do País, onde a toda hora estamos sendo invadidos por denúncias de toda natureza, lesivas aos cofres públicos. Reconheço que o jovem de hoje, antenado com os valores plurais de nossa sociedade, tem direcionado o seu entendimento para a necessidade de mudanças da sociedade e dos seus valores de conquistas. Muitos se posicionam, inclusive em questionamentos aos próprios pais, acerca dos valores políticos vigentes no país, bem como dos tais “jeitinhos” do brasileiro.

No entanto, percebemos que o processo de desconstrução dos valores de um povo, no respeito à ética, ao princípio de preservação e defesa dos bens públicos alcançam alguns jovens, certamente enfraquecidos, e talvez, sem exemplos domésticos firmes,  ou, muitas vezes, até estimulados, que sucumbem ainda aos criminosos jeitinhos fraudulentos tão ao gosto dos brasileiros, de um modo geral, para aprovação em vestibulares e concursos. É assim que vejo e sinto profunda tristeza, quando jornais e TVs noticiam que o jovem Lucas Soares Fontes aprovado em concurso do Cebraspe, para técnico da unidade de Além Paraíba (MG), do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),  foi alvo de processo administrativo, após denúncia de que ele teria falsificado fotografias enviadas à empresas responsável pelo concurso, onde pintando o rosto, os braços e usando lentes de contatos para escurecer os olhos verdes, a fim de se aproveitar criminosamente da reserva de cotas. Foi aprovado e já trabalhando, houve denúncia anônima. Comprovada a fraude, teve a sua aprovação anulada, além da exoneração do cargo público. É preciso, ainda, que seja, sim, imputados os crimes em que incorreu, para que sirva de exemplo.

Notícias como essa nos dão um desânimo cidadão muito grande, mas precisamos reagir e não perder a esperança de que o insistir na ética e honestidade formarão este País de todos. Esperemos e façamos a nossa parte. Continuo confiante.