José Medrado

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É interessante que vermos pelas redes sociais os posicionamentos, os ataques e defesas das pessoas aos seus alvos de interesse, contenda ou de admiradores. Aos que gostam tudo se justifica, explica-se e considera aceitável, diferentemente aos antipatizados e sem afinidade: nada se justifica, tudo é inaceitável. Ao vermos essas manifestações, percebemos que a grande falta das pessoas, nesses dias de tantos embates e polarização, é o bom senso em suas análises e ponderações. É se dedicar a dissecar uma situação, buscando a avaliação  do problema, da situação sem a contaminação das preferências pessoais. O bom senso, portanto, sempre será o resultado de filtros de saber e sabedoria de cada um, mesmo compreendendo que a verdade e as mentiras sempre serão material de defesa e ataque, de explicação e condenação, a depender do interesse de quem as utiliza. 

Buscamos sempre defender as nossas escolhas e posições, pois isto significa nos blindar da frustração nossas decisões erradas, equivocadas, pois sempre a maneira como vemos a realidade dos fatos será, ao lado do interesse, o resultado da nossa cultura, dos nossos recalques e complexos psicológicos, dentro daquilo que Jung fala como projeção da sombra e pela cristalização da persona. O arquétipo, assim,  de forma prática, pode ser resumidamente,  um conjunto de representações do que seria o modelo ideal de algo que já faz parte do nosso inconsciente, já guarda em nós as “certezas” de quem é quem o que é o que, nos nossos processos de interação. Assim, precisamos ter cuidado e não nos deixarmos levar por esses símbolos de há muito “registrados” em nossos inconscientes, e que tanto têm sido usados, inclusive por publicidades comerciais. Muito cuidado, portanto, ao analisar, avaliar o que lhe passa como explorador, sábio, amante, criador, inocente, herói, mago, prestativo, rebelde, soberano, comum e comediante, pois são os doze arquétipos referenciados pelo pai da Psicologia Analítica, Carl Jung, e sempre poderão ser usados para convencer alguém de algo, são , por assim dizer, os  cavaleiros da empatia que temos e podem ser manipulados para nos fazer, dentre muitos coisas, a comprar um marca, ou nos fazer defender sem critério alguma questão sem maiores avaliações. 

Não nos enganemos há estudiosos do comportamento humano que se dedicam a criar armadilhas para oferecer o que julgamos que nos alimenta, fazendo-nos seguir candidamente por onde quem manipula quer. Assim trabalhou Joseph Goebbels e os seus onze princípios da propaganda nazista.
    
 


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