José Medrado

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Toda pessoa pública está sujeita aos que lhe antipatizam, antagonizam, mas também aos seus admiradores e seguidores, claro. E nesses tempos de fake news todo cuidado é pouco naquilo que lemos e até vemos, haja vista que já há os deepfakes, que são vídeos que podem usar a própria imagem e voz da pessoa em contextos inventados, mas utilizados para aniquilar reputações. Dito isso, lamento a triste verdade do inexplicável gesto do Dalai Lama com uma criança. Simplesmente porque ele veio a público se desculpar, ou seja, nada foi montado, criado, ele de fato cometeu o que está sendo noticiado no mundo inteiro. Afirmou a nota “"Sua Santidade frequentemente provoca as pessoas com quem se encontra de um jeito inocente e brincalhão, mesmo em público e diante das câmeras. Ele se arrepende do incidente”. Ora, não se trata de brincadeira, considerando que no mundo cresce aos milhares os abusos a crianças. Muitos estão colocando a atitude do Dalai Lama como inapropriada, mas vejo mais do que isto, pois gera referência, insidioso exemplo.

Não descarto, mesmo não sendo especialista, mas alguém que procura estudar o comportamento humano, que pode ali está em curso um possível processo de senilidade, que então os seus assessores e ou cuidadores que o afastem das aparições públicas a bem da preservação de sua imagem e legado. Não se trata, por outro lado, de fazermos julgamentos sobre contextos infundados, como disse acima, a partir de denúncias falsas, caluniosas, mas sim de fato explicito que não pode ser normalizado, sob pena de a depender de quem seja, de quem pratica este ou aquele ato, termos posicionamentos diversos. O errado é errado, o certo é o certo. Não falamos de culturas, de práticas de sociedades distintas. Não. Não existe prática budista alguma que se aproxima do que foi protagonizado pelo líder religioso tibetano. Tudo muito triste e lamentável , mas precisa ser apurado ao bem do próprio Dalai Lama.
 


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