José Medrado

Não pesa dúvida alguma que de um certo tempo para cá o mundo está vendo uma grande explosão de ódio nas redes sociais. Diversos estudos têm procurado entender este fenômeno, a fim de estabelecer uma causa e ou um ponto de partida. Um desses estudos foi publicado na revista PNAS (“Proceedings of the National Academy of Science”), mostrando que os conectados na rede, em semeadura do ódio estão, em verdade, buscando visões, pontos de vista e posições que reforcem suas opiniões. Não guardam interesse algum em alargar compreensão de vida, a fim de revisarem conceitos ou mesmo preconceitos. Esse fenômeno vem sendo chamado de “echo chamber” (ou “câmara de eco”, em tradução livre), em que uma rede de pessoas com ideias semelhantes, convergem para compartilhar notícias escolhidas, com o intuito de reforço de posicionamentos e  visões.

Infelizmente, no entanto, está se descambando para determinação do que será aceito, compartilhado ou atacado. Temos visto, por exemplo, que Luísa Sonza depois de anunciar o término do casamento com o humorista e megastar das redes sociais, Whindersson Nunes, virou alvo de grande e odiosos ataques pelas redes sociais. Isso foi em abril, os fãs do humorista “não aceitam”, imaginem!!, que ela tenha se separado.

A situação se agravou a partir do lançamento do clipe “Flores”, no qual a cantpra Luísa Sonza aparece em cenas quentes com o cantor Vitão.. Foi a retomada do rastilho de ataques de ódio, que inclusive, agora, também, alcançaram o youtuber Whindersson Nunes. Nesse sábado (13) ele publicou em suas redes sociais que informações pessoais dele e de Luísa e seus respectivos familiares estão sendo expostos nas redes sociais.

Em 1921, Freud escreveu em o livro Psicologia das Massas e Análise do Eu,  que a mentalidade das pessoas muda quando elas se veem fazendo parte de um grupo, em especial um grupo no qual há uma busca por aceitação, aí a sua capacidade racional parece que se anestesia, gerando emoções de sustentação de seus sentimentos.

De fora perturbadora, também, o psicólogo Zimbardo, em o livro O Efeito Lúcifer relata um experimento conduzido na prisão de Stanford, nos Estados Unidos, ainda na década de 70, em que o efeito transformador benéfico da potência humana de criação sofre modificação para uma potência destrutiva, e homens considerados “de bem” podem se tornar verdadeiros monstros, desde que o ambiente assim o favoreça. Ele ainda afirma que, “para que ocorra essa desindividuação, um distanciamento do próprio self em detrimento de uma ideologia, o sujeito precisa estar em anonimato. Um sujeito anônimo tem a falsa impressão de invisibilidade e pode se sentir seguro, motivado e onipotente”.

É fato, outrossim, que os grandes estudiosos deste ódio derramado pela internet evidenciam que o seus pugnadores se encontram doentes, de alguma forma, precisando de ajuda. Ajusto: e medidas judiciais cabíveis.


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