Divulgação/ White House | Ricardo Stuckert/PR
Lí, com a devida atenção, a nota oficial, emitida pelo governo brasileiro, sobre a conversa telefônica entre o presidente Trump e Lula da Silva. A impressão que dá, dada a imprecisão do documento, que foi uma conversa enviesada a ligação que o presidente norte-americano fez para Lula. Lula teria pedido a Trump para retirar o tarifaço imposto às exportações brasileiras para os Estados Unidos e as sanções decretadas a autoridades brasileiras. Trump nada respondeu, ao menos segundo a tal nota oficial, deixando tudo como está no quartel de Abrantes.
Intrigou-me, como creio que deixou muita gente intrigada, porque foi Trump que ligou e não Lula, já que o último suspense em voga, é que o presidente brasileiro ligaria para o norte-americano para resolver o embroglio entre os dois. Parece que Trump não larga o osso, quando começa a roê-lo!
A ligação telefônica teria reproduzido as juras de amor que o norte-americano fez ao brasileiro na assembleia geral da ONU e que até hoje repercute, de tal modo que deixou corado o pai da química, o francês Antoine Lavoisier e é voz corrente que fez tremer a casa de Romeu e Julieta, em Verona.
Mas, brincadeiras à parte, a conversa teria sido positiva, conforme afirma a decantada nota oficial. Esperamos que o redator não tenha cometido um engano, ainda que a referida nota não esclareça muita coisa dessa positividade, na qual o presidente norte-americano designa seu Secretário de Estado, o venerável Marco Rubio, para dar andamento ao diálogo não cabuloso nas negociações vindouras.
Uma chuva de previsões desabaram de um céu azul, dando conta que Marco Rubio era outra armadilha preparada por Trump, a fim de apertar ainda mais o nó que entravava as negociações até agora e outro não seria o desiderato do presidente norte-americano. Será? É bom esperar prá ver. Dizem que esse venerável, filhos de exilados cubanos, costuma ter más intenções no trato com ditaduras.
Lula escalou um time titular para entrar em campo e golear Marco Rubio e seus auxiliares, mas em matéria de futebol só saberemos o resultado com o apito final do juiz ou quando o freguês do lado anunciar o resultado do jogo, como diria o poeta da Vila, Noel Rosa.
O fato real é que o novo jogo não começou. Assim, ninguém pode soltar o grito de gol e colocar a bola no meio de campo. Agora, parece que vamos assistir de arquibancada como se dará o funeral da democracia no Brasil ou o país voltará para casa e novamente cultuará os valores do cristianismo e das liberdades públicas.
Para bom entendedor, já está evidente que a intervenção dos Estados Unidos no Brasil, assim como na Venezuela e outras “repúblicas” latino americanas, visa a todo custo impedir que o país prossiga com sua integração com as ditaduras orientais e ingresse definitivamente entre os países dispostos a eliminar os valores morais e políticos da civilização ocidental.
O presidente norte-americano invés de colocar uma poderosa marinha de guerra para trazer de volta o Brasil à plenitude democrática como faz com a Venezuela, optou por uma política de negociações e convencimento que julga possível, considerando as históricas relações entre os dois países e o poder de conversão disponível do seu poderio econômico, de que o Brasil poderá se valer para uma etapa sustentável de desenvolvimento social e econômico.
Os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, com vistas a alcançarem um novo patamar de paz de prosperidade, trabalhando juntos, poderiam com bom senso, adotar a máxima de Benjamim Franklin: “a verdade é filha do tempo. Não da autoridade”.
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