José Medrado

Em razão dos nossos processos históricos, no caminhar evolutivo psicofisiológico, o homem (espécie) sempre está em busca de estímulo, pois assim ele vence seus limites. Busca concretizar o que idealiza, cobiça. A busca de estímulo estará sempre presente no ser humano, visto que a falta dele gera desencanto, desânimo, podendo até chegar à depressão.

Há pessoas que nesta busca permanente de estímulo se lança a situações arriscadas, para sentir de forma, quase como um vício, a adrenalina jorrar em seu organismo. A motivação pelo estímulo vai desde a busca de um simples elogio, passando por ambições de toda natureza, até o que afirmava Henry Kissinger, diplomada estadunidenses que “o poder é o afrodisíaco mais forte.” Considera-se aqui como poder, qualquer posto de mando, desde um porteiro que barra ou permite entrada de alguém em um prédio até alguma alta autoridade republicana. 

Todavia, na contramão desta busca de estímulo invariavelmente surgem as tensões que podem deixar o indivíduo vulnerável, podendo até gerar um colapso ocasionador de uma desorientação generalizada no campo das suas ações. Há indivíduos que se desestruturam mais facilmente do que outros, claro, diante desta busca por estímulos. Há até quem se lance à morte, para receber estímulos em elogios. Quem nunca ouviu falar de pessoas que se arriscaram e morreram por selfie “fantástica” para ter centenas, milhares de curtidas nela?

Na verdade, as mudanças, em si, não trazem tensões, mas sim as atitudes tomadas em relação a elas, pois muitas geram conflitos, que podem se apresentar em caminhos diferentes para frase de Henry Kissinger “o poder é o afrodisíaco mais forte.”

Segundo os psicólogos Neal Miller e Kurt Lewin, americano e alemão, respectivamente, as pessoas se defendem inconscientemente da ansiedade que sentem numa situação perturbadora e indefinida de estímulos. Podem fazê-las distorcendo a realidade e enganando a si mesmas, esses são dois processos  que Freud denominou mecanismos de defesa. Todos nós usamos desses mecanismos para proteger nossa autoimagem, o que é bastante comum em nossa vida diária. O problema está até aonde somo capazes de ir por estes estímulos e defesas? 
 


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