José Medrado

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Carl Rogers foi um Psicólogo americano que se dedicou a trabalhar o desenvolvimento de uma psicologia com a abordagem centrada na pessoa, e sob esta perspectiva ele estudou e abordou a empatia como forma de compreensão dos sentimentos e emoções de quem se coloca no lugar do outro. Assim, de logo, vemos que a empatia é a capacidade, a sensibilidade psicológica para sentir em si o que possivelmente o outro sente, se no lugar dele estivesse. Nesse  momento de pandemia, quando passamos no último domingo pelo dia das mães, naturalmente os empáticos sentimos uma aperto no coração, uma angústia difusa, quando imaginamos as mães dos milhares que já morreram com a covid-19, a dor-expectação das que têm os seus filhos no front desta guerra mundial, onde o inimigo quer sobreviver e se tornou um predador do ser humano com requinte de crueza.

Sem dúvida alguma, é através da empatia que vemos as pessoas se ajudarem mutuamente, em uma espécie de despertamento da necessidade de dividir dor e sofrimento, bem como alegria e prazer. E mais: de ajudar no que pudermos, sem pensar em ganhos.  Com origem na expressão grega empatheia, que significava paixão, como um sentimento intendo. A empatia se torna uma comunicação de afeto, na compreensão de que o que o outro passa, poderei eu também passar e ou assistir  a um próximo passar.  Na empatia, não geramos uma visão a partir da nossa perspectiva e ou interesse, mas buscamos pensar e sentir com as crenças, valores e situação do outro. 

O avesso, no entanto, da empatia terá crenças de que os nossos problemas são os únicos do mundo, que só nós saberemos como resolver tudo; falta-nos ainda empatia quando julgamos e ou fazemos comentários que possam machucar, ofender alguém; o não empático é incapaz de oferecer um sorriso verdadeiro, uma palavra que conforte, um gesto que cative. O não empático é duro e frio, evidenciando o seu grau de imaturidade como ser humano, quando não a sua insensibilidade ao outro, por força de sentir indene ao que está no mundo para todos. 

Sejamos, na impossibilidade de uma vivência verdadeiramente cristã, como proposta de fazer ao outro o que gostaríamos que os outros nos fizessem,  então, minimamente, empáticos com os que estão em nosso entorno. 

 


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