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Só quero concordância

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Só quero concordância

Só quero concordância

É impressionante como ainda têm pessoas que defendem as questões associadas à liberdade para uso das fakenews. Essas pessoas certamente não dimensionam que não se trata de liberdade de expressão, mas de querer viver mundo paralelo onde não imperem os regramentos legais. Vimos neste domingo a morte de Osil Vicente Guedes, brutalmente espancado após ser acusado injustamente de roubar motocicleta. Circula um vídeo pela internet, onde um cidadão filma, registra a violência, diz: “Não está bom para ladrão de moto, não. Ladrão de moto está se lascando”. 

Pessoas que presenciaram a violência disseram à PM, que as agressões começaram após um grito de "pega ladrão" direcionado à vítima. O problema, no entanto, ou talvez a tragédia, certamente o crime, se tornou evidente quando o dono da moto informou à corporação que conhece Osil e que emprestou o veículo para ele.Logo, a moto não tinha sido roubada. Mais uma fake news levou à morte de um inocente. Ainda não há informações sobre os agressores. 

Os estudiosos do comportamento humano afirmam que as fake news são produzidas para evocar uma paixão, de logo,não estamos falando aqui de sentimentos românticos, mas sensações irracionais. Asfake news movimentam questões existentes nas pessoas. São situações que já estavam aprofundadas, e ganham potência com gatilhos ‘convenientes”. São os sentimentos de convicções que afloram motivados por uma liderança fixa ou aleatória na direção do que ressoa, do que se tem em cada um de nós, por isto há apoio para certos discursos e a outros não. Assim, as informações produzidas pelas informações falsas - independentemente de suas origens - apenas legitimam questões pessoais. Por isso, o indivíduo que não se questiona acredita nas fake news: pois deseja que elas sejam verdade por reafirmarem o que ele crê, por justificarem suas paixões. Dessa forma, tenho certeza, se você, caro leitor(a), se deste o primeiro momento desconsiderou essas reflexões, sem refletir, só ratifica o que escrevi. 

A morte de Osil não se trata de uma questão pontual, isolada, é, sem dúvida alguma, o avanço de motivos e ações, tendo como ponto de partida fake news e a índole, a predisposição de milhões.

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