1º de maio e a Covid-19
Confira o nosso editorial desta sexta-feira (1º)

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O mundo do trabalho mudou. Remuneração, direitos, condições e deveres para se exercer um serviço acompanharam transformações econômicas e políticas das sociedades pelo mundo. Mudou, também, diante da pandemia da covid-19, que deslocou e congelou postos de trabalhos – do home office à paralisia de atividades durante esta crise sistêmica de desenvolvimento humano.
Outrora, as alterações nas leis trabalhistas possibilitaram o rearranjo do mercado e flexibilizaram a relação empregado/empregador, dando abertura para a existência de um diálogo mais humano entre as partes, antes quase sempre engessado e burocrático.
Os corriqueiros protestos a cada 1º de Maio fazem do Dia do Trabalhador um símbolo do descontentamento, mas diferente de anos anteriores, por certo serão mínimos, ou nulos, devido à pandemia.
Estão foram de tom – há tempos. Movimentadas principalmente por centrais sindicais, as manifestações carecem de sintonia com a realidade, ou voltadas aos próprios interesses ou no sentido de alimentar vorazmente a polarização do Brasil.
O ineditismo imposto pela disseminação do novo coronavírus também traz um cargo maior de ponderação ao que se eventualmente é passível de celebração no dia de hoje.
O desemprego, que diminuía, volta a ser uma preocupação diante da fissura econômica em todas as esferas da sociedade, cuja luz ao fim do túnel só será vista nos instantes finais desta pandemia – um processo que depende de uma gradativa flexibilização da quarentena, mas em qual momento?