Pandemia e conjuntura internacional
Confira o nosso editorial deste sábado (2)

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Uma das principais referências para relativizar a situação econômica de um país, no que diz respeito à conjuntura internacional, o Produto Interno Bruto (PIB) sofrerá quedas bruscas ao redor do mundo, diante da crise da covid-19. Nos Estados Unidos, por exemplo, caiu 4,8% no primeiro trimestre de 2020, encerrando a mais longa expansão da história do país.
Estudos do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o impacto no PIB na atual crise mundial são severos: apontam que é o maior episódio de contração da renda e das atividades econômicas globais, desde a grande depressão de 1930. Para os economistas do FMI, a economia mundial ficará 3% mais pobre, e os Estados Unidos encolherão 6%.
Paradoxalmente, a China deve crescer 1,2% em 2020, ainda com previsões de aumento de 9,2% em seu PIB para 2021. Já o Brasil perderá cerca de 5% de seu PIB em 2020. Uma catástrofe financeira que nenhum analista no país imaginou prever este ano, visto a guinada econômica dos últimos dois anos.
Com a previsão de que o Brasil perderá cerca de 5 de seu PIB em 2020, segundo o Banco Mundial, o mercado começa a ficar atento a sugestões e alternativas para se evitar desastres. Uma interessante é do advogado Carlos Ely Eluf que, no mês passado, sugeriu alternativas como a ajuda dos bancos, com a abertura de linhas de crédito que devem ter como garantia os ativos das empresas.
As instituições financeiras, na sua visão, serão importantes como parte da solução da crise, com a injeção de dinheiro no mercado, com juros mais baixos dos que os usualmente cobrados. Eventuais juros em queda podem atenuar os custos financeiros do governo, podendo ajudar a conter a expansão da dívida governamental.
Alguns dos setores mais atingidos pela crise são de energia, turismo/aviação, automotivo e o comércio de modo geral. Estes, entre outros, necessitam de socorro urgente.