15 engenheiros e executivos são condenados pela Justiça por queda de ciclovia no Rio

Por terem idade superior a 70 anos, dois réus tiveram pena extinta

[15 engenheiros e executivos são condenados pela Justiça por queda de ciclovia no Rio]

FOTO: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Justiça condenou na última segunda-feira (10), 15 réus que respondem pela queda da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, há mais de quatro anos, no feriado de 21 de abril de 2016, quando parte da estrutura não resistiu à força das ondas durante uma ressaca no mar e caiu, matando duas pessoas que passavam pelo local no momento da queda. A decisão ainda cabe recurso. Dentre os responsabilizados estão os engenheiros e profissionais ligados à concepção e execução do projeto na Geo-Rio, da prefeitura, e em empresas de material e engenharia que participaram da obra.

Por meio de decisão, o juiz André Felipe Vera de Oliveira, da 32ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, determinou a condenação a três anos, dez meses e 20 dias de detenção aos réus, porém, a pena foi convertida em restrição de direitos que ainda serão determinados, multas e prestação de serviços gratuitos para sociedade ou a entidades públicas ou assistenciais.

Foram condenados: Marcus Bergman, Juliano de Lima, Fabio Lessa Rigueira, Élcio Romão Ribeiro, Ernesto Ferreira Mejido, Fábio Soares de Lima, Marcello José Ferreira de Carvalho, Ioannis Saliveros Neto, Jorge Alberto Schneider, Fabricio Rocha Souza, Cláudio Gomes de Castilho Ribeiro, Luiz Edmundo Andrade Pereira, Nei Araújo Lima, Luiz Otávio Martins Vieira e Walter Teixeira da Silveira. Por terem idade superior a 70 anos na data da sentença, os réus Élcio Romão Ribeiro e Luiz Edmundo Andrade Pereira tiveram punição extinta.

Relembre o acidente:

Era o dia 21 de abril de 2016, feriado de Tiradentes quando um trecho de mais de 50 metros da ciclovia Tim Maia caiu, em torno das 11h10m. O acidente foi perto do Castelinho, a aproximadamente 800 metros da Praia de São Conrado. No acidente, duas pessoas perderam a vida. Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos, e o engenheiro Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos. A ciclovia foi inaugurada em janeiro daquele ano dedicada aos Jogos Olímpicos e custou R$ 44,7 milhões. Depois do caso, trechos da ciclovia ainda caíram mais três vezes, contudo, sem novas vítimas.

A estrutura permanece interditada desde 2019. No começo deste ano, em março, a prefeitura indicou que realizaria obras para recuperação da ciclovia, contudo, a pandemia chegou na cidade logo em seguida. O futuro permanece sem definição.


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