Entrar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o chamado “grupo dos ricos”, cuja maioria dos 36 países-membros tem elevados PIB per capita e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), muito significa ao Brasil atual. No entanto, ao que parece, não será na reunião da próxima quinta-feira (23), em Paris (França), que o país entra na pauta para ter sua candidatura avaliada. Tudo indica que, ao contrário do que conversou em março passado, cara a cara com Jair Bolsonaro, Donald Trump não pleiteará o Brasil para ser analisado como possível novo integrante.

Mais do que status, é a oportunidade de compartilhar conhecimento com grandes economias globais para implementar políticas que visam a prosperidade financeira e diminuam a desigualdade social, entre tantos outros mecanismos para, por exemplo, potencializar a capitação de investimentos estrangeiros.

Antes, contudo, é preciso vencer barreiras e uma delas é o Estados Unidos, que apesar de atualmente mais próximo politicamente do Brasil, por certo não tem interesse na ampliação da OCDE, principalmente com outros membros da América Latina – apenas México e Chile deste recorte geográfico integram o grupo. A Europa apoia abertamente o Brasil, mas é necessário o ‘sim’ de uma nação do mesmo continente.

Ainda que com chances mínimas de ter uma candidatura apoiada pelo “todo poderoso” Estados Unidos de Trump, os esforços do governo brasileiro em atingir a OCDE devem persistir, como uma meta a ser alcançada. Afinal, um ‘não’ nesta semana dos Estados Unidos não significa apenas que se foi tudo pelos ares, já que o pedido de adesão à organização (oficializado em 2017 pelos então ministros Aloysio Nunes, das Relações Exteriores, e Henrique Meirelles, Fazenda) continua em vigor.

Quem sabe a hora do Brasil na OCDE seja num futuro próximo, com uma economia mais estável, com a Nova Previdência devidamente imposta, e até mesmo, com igualmente importante e urgente reforma tributária em vigor.