Adidas planeja venda de Reebok, avaliada em mais de U$ 1bilhão
Marca foi comprada para competir com a rival Nike

Foto: Reuters
A Adidas, fabricante alemã de roupas esportivas, planeja vender ou desmembrar a Reebok, 15 anos depois de comprar a marca de fitness dos Estados Unidos para competir com a rival Nike. Em comunicado divulgado nesta terça-feira (16), a Adidas disse que decidiu iniciar um processo formal com o objetivo de vender a marca como parte de uma estratégia de cinco anos que planeja apresentar no dia 10 de março, quando a empresa também publicará os resultados de 2020. Uma fonte bancária avaliou a Reebok em cerca de 1 bilhão de euros, o equivalente a US $ 1,2 bilhão.
A Adidas relatará a Reebok como uma operação descontinuada a partir do primeiro trimestre de 2021. “A Reebok e a Adidas serão capazes de realizar significativamente melhor seu potencial de crescimento, independentemente uma da outra”, disse o presidente-executivo Kasper Rorsted em um comunicado.
A empresa comprou a Reebok, com sede em Boston, por US $ 3,8 bilhões em 2006, mas seu desempenho lento levou a uma sequência de pedidos de investidores para se desfazer da marca. Com isso, a Adidas conseguiu suprimir o domínio da Nike nos Estados Unidos com sua marca principal, ajudada pela parceria com celebridades como Kanye West, Beyonce e Pharrell Williams.
Após assumir o cargo de CEO em 2016, Rorsted lançou um plano de recuperação para a Reebok, que a ajudou a retornar à lucratividade, mas seu desempenho continuou a ficar atrás do da marca principal da Adidas e foi então atingida pela pandemia Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. As vendas líquidas da Reebok caíram 7% no terceiro trimestre de 2020 para 403 milhões de euros (US $ 488 milhões), após cair até 44% no trimestre anterior. Em 2019, a Adidas reduziu o valor contábil da Reebok pela metade, em comparação com 2018, para 842 milhões de euros.