Adolfo Sachsida diz que governo não pode interferir em preços de combustíveis
Fala do ministro ocorre após saída de José Mauro da Petrobras

Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados
Depois de José Mauro Coelho pedir demissão do comando da Petrobras, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que o governo não pode interferir nos preços dos combustíveis. Nesta terça-feira (21), durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara, ele disse que esse assunto é de difícil entendimento por parte da população.
"É difícil para a população entender por que o governo não interfere nos preços dos combustíveis. Não é possível interferir no preço dos combustíveis, não está no controle do governo. Preço é decisão da empresa, e não do governo. Temos marcos legais que impedem a interferência do governo, mesmo sendo acionista majoritário", disse o ministro.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) já havia decidido tirar Mauro Coelho do comando da empresa e já havia escolhido o sucessor, Caio Paes de Andrade. Só que, em razão dos trâmites internos da Petrobras, a troca só seria efetivada após algumas semanas.
Preços
A Petrobras está submetida ao critério de paridade internacional, política adotada desde o governo Michel Temer em 2016. Com isso, o preço dos combustíveis varia de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e das oscilações do dólar.
Ainda nesta terça, Adolfo Sachsida citou as medidas anunciadas recentemente pelo governo e Congresso para tentar amenizar a alta dos preços dos combustíveis para a população, como o auxílio-gás, a redução de impostos federais e a limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).