AGU nega interferência de Bolsonaro em investigação da PF que mira o MEC
Em resposta ao STF, Advocacia-Geral da União defende retirada de Alexandre de Moraes do caso

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A AGU (Advocacia-Geral da União) negou em resposta enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) na terça-feira (5) que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), tenha tentado interferir na operação da Polícia Federal que investiga corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação.
Na resposta ao Supremo, a Advocacia defendeu a retirada do ministro Alexandre de Moraes do caso. Ele é o relator do pedido de investigação feita contra Bolsonaro pelo senador Randolfe Rodrigues (rede-AP).
A pasta defende que pedidos contra o presidente fiquem concentrados na ministra Cármen Lúcia, relatora do inquérito enviado pela Justiça Federal e de mais três solicitações de apuração formuladas por parlamentares.
Nesse entendimento, a AGU pediu que seja anulada a decisão de Moraes de enviar o pedido de Randolfe para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo informações do portal G1, as investigações chegaram ao STF remetidas pela Justiça Federal de Brasília, após a PF e o MPF (Ministério Público Federal) terem apontado indícios de que Bolsonaro teria alertado o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre a operação da PF, que apura o favorecimento de pastores na distribuição de verbas do MEC.