Alcolumbre teria sugerido pagamento de mesada com dinheiro da Câmara
Informações foram reveladas pela Veja

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A Veja revelou um diálogo onde Davi Alcolumbre (DEM) negocia o pagamento de uma mesada a uma ex-funcionária do Tribunal de Justiça do Amapá.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado sugere que a fonte do dinheiro que ele destinava a Tatielle Pereira de Castro era a Câmara dos Deputados, com um “cartão” que ficava com seu chefe de gabinete.
Alcolumbre atendia ao pedido de um amigo, o desembargador Gilberto Pereira, do Tribunal de Justiça do Amapá (TJ). Tatielle era funcionária da TJ, até que surgiram rumores sobre a natureza da relação dela com o desembargador o que acabou resultando em sua exoneração. Para não deixar a ex-funcionária desassistida, o desembargador pediu ao senador que patrocinasse uma espécie de auxílio-desemprego para a mulher.
Tatielle não foi contratada formalmente no gabinete de Alcolumbre e em nenhuma outra repartição do Legislativo federal.
O senador teria, segundo a Veja, combinado com Tatielle a melhor forma de realizar o pagamento da mesada. Tatielle diz a Alcolumbre que o pagamento dela seria feito durante dois anos, sem contracheque.
“Eu posso depositar na tua conta?”, pergunta Alcolumbre. Tatielle concorda. “O meu chefe de gabinete lá, ele tem meu cartão (…) O meu pagamento cai dia 24, dia 25”, diz Alcolumbre. “Ele saca e paga minhas contas”, continua Alcolumbre. “Então, eu vou dar mais uma conta pra ele”. O diálogo não deixa claro se o chefe de gabinete de Alcolumbre retiraria dinheiro da conta parlamentar ou da verba de gabinete destinada a parlamentares ou da conta bancária pessoal do senador.