Alexandre de Moraes autoriza pedido da PF sobre investigação do Facebook em contas ligadas ao gabinete de Bolsonaro
O acesso às informações foi autorizado em dois inquéritos sigilosos que correm junto ao Supremo Tribunal Federal

Foto: Reprodução
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, atendeu pedido da Polícia Federal e autorizou a corporação a ter acesso aos dados da investigação do Facebook que acabou derrubando uma rede de contas e perfis falsos ligados a integrantes do gabinete do presidente Jair Bolsonaro, a seus filhos, ao PSL e aliados.
O acesso às informações da investigação do Facebook foi autorizado em dois inquéritos sigilosos que correm no STF: o das fake news e o dos atos considerados contra a democracia.
O ministro, no âmbito do primeiro, chegou a apontar, em maio, indícios de que um grupo de empresários atuava de maneira velada financiando a disseminação de notícias falsas e conteúdo de ódio contra integrantes da Corte e outras instituições. O ministro também definiu como ‘associação criminosa’ o grupo do ‘gabinete do ódio’.
Já na investigação sobre a organização de financiamento de atos considerados contra a democracia foi autorizada em junho a quebra de sigilo bancário de dez deputados e um senador, todos bolsonaristas. Ao decretar a medida, o ministro Alexandre de Moraes registrou que as apurações apontaram ‘real possibilidade’ de atuação de associação criminosa voltada para a ‘desestabilização do regime democrático’ com o objetivo de obter ganhos econômicos e políticos.
Investigação
No dia 8 de julho, o Facebook revelou que identificou e removeu 35 contas, 14 páginas e 1 grupo no Facebook e 38 contas no Instagram por ‘comportamento inautêntico coordenado’. O anúncio fazia parte de uma remoção de redes de desinformação que operavam em quatro territórios postando conteúdo relacionado a assuntos políticos domésticos.