Alison dos Santos é prata nos 400 m com barreiras no Mundial de Tóquio

Campeão olímpico em Paris, norte-americano Rai Benjamin ficou em primeiro

Por FolhaPress
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Alison dos Santos é prata nos 400 m com barreiras no Mundial de Tóquio

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Alison dos Santos conquistou a medalha de prata na prova dos 400 m com barreiras na manhã desta sexta-feira (19) no Mundial de Atletismo que está sendo realizado no Estádio Nacional de Tóquio, no Japão.

Em uma prova de recuperação após tocar no primeiro obstáculo e chegar a ficar em quarto, Piu, como o atleta é conhecido, conseguiu um arranque na reta final para ultrapassar dois adversários e completar com o tempo de 46s84.

Duas vezes medalhista olímpico e campeão mundial em 2022, o brasileiro de 25 anos ficou atrás do norte-americano Rai Benjamin, campeão olímpico em Paris, que fez o tempo de 46s52, a melhor marca da temporada.

Abderrahman Samba, do Qatar, completou o pódio, com 47s06.

É a segunda medalha do Brasil no Mundial, após a prata de Caio Bonfim na prova de 35 km da marcha atlética.

"Obviamente queria o ouro, mas estou muito feliz com a prata, orgulhoso da trajetória, do resultado que a gente fez hoje", afirmou Alison ao SporTV. "Tive dificuldades na prova, mas é a vida", acrescentou.

Minutos após os atletas cruzarem a linha de chegada, a World Athletics (a federação internacional de atletismo, responsável pela organização da prova) chegou a informar no site oficial da competição que Rai Benjamin havia sido desclassificado. A punição seria por causa de um toque intencional em uma das barreiras.

Com a decisão, Alison dos Santos apareceu temporariamente como o primeiro colocado da prova no site, o que o tornaria bicampeão mundial. Pouco depois, no entanto, a organização voltou atrás na desclassificação do norte-americano, reestabelecendo o resultado anterior, após recurso da equipe dos Estados Unidos. A decisão revisada foi de que não havia sido intencional o toque do corredor.

"Se algo irregular realmente aconteceu, faz sentido a desqualificação. Mas se nada irregular aconteceu, não é assim que quero ganhar meu ouro", afirmou o brasileiro. "Não quero ganhar porque alguém perdeu, quero realmente conquistar a medalha."

Alison e Benjamin, junto com o norueguês Karsten Warholm, tem dominado a prova dos 400 metros com barreiras durante os últimos anos.

Nos Jogos de Tóquio, em 2021, Warholm foi ouro, tornando-se o primeiro a correr abaixo de 46s (45s94), marca que se mantém até hoje como o recorde olímpico e mundial. Benjamin ficou com a prata (46s17) e Alison com o bronze (46s72).

Nos Jogos de Paris, em 2024, o norte-americano cruzou em primeiro (46s46), com o norueguês em segundo (47s06) e o brasileiro em terceiro (46s72).

A última vez em que a prova no Campeonato Mundial foi vencida por um atleta que não um dos três foi em 2015, quando Nicholas Bett, do Quênia, chegou em primeiro (47s79).

Desde então, foram cinco edições da competição bianual, com três vitórias de Warholm (2017, 2019 e 2023), e as das últimas para Alison e Benjamin.

Na prova desta sexta, o norueguês chegou em quinto, com 47s58.

"Corri muito rápido hoje, fizemos um bom resultado. Mas podemos correr mais rápido ainda. Temos muito o que fazer pela frente", afirmou o paulista de São Joaquim da Barra, no interior paulista.

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