Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que, devido à alta da inflação, os brasileiros tiveram que mudar os hábitos no supermercado no mês de março. Ainda de acordo com a associação, os consumidores passaram a diversificar os canais, o que aumentou as compras online.

Os itens mais buscados tem sido os de marca própria, que são em média 15% mais baratos que os de marcas líderes. Nas redes, os produtos representam entre 20% a 30% do consumo.

O consumo no primeiro trimestre deste ano teve alta de 2,59%. A projeção é que para o ano haja um aumento de 2,80%. Em março, o crescimento em relação a fevereiro foi de 6,38%. Já em comparação ao mesmo período de 2021, as compras realizadas pelas famílias subiram 2,41%.

De acordo com a associação, o saque de R$1.000 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o pagamento antecipado da primeira parcela do 13° salário e o Auxílio Brasil tem contribuído para o crescimento do consumo.

Cesta básica

A cesta básica Abras, composta de 35 produtos usados em larga escala, acumula alta de 5,11% no trimestre. Em 12 meses, o aumento é de 15,45%. De acordo com o levantamento, o tomate é o produto mais caro: subiu 27,22% em março e teve aumento anual de 122,68%.

O Sul tem a cesta básica mais cara do país no momento (R$ 814,48). Também é a região com maior variação mensal de preço, 3,38%, o que representa um crescimento de R$ 26,63. Logo depois, vem a cesta básica da região Norte, que custa R$ 806,98. Os estados do Sudeste tiveram alta de 3,16% em março, mas têm o maior acúmulo em 12 meses (18,67%). Os produtos da cesta no Nordeste também tiveram um crescimento robusto em um ano (18,08%).