Alta na arrecadação sinaliza para retomada das contratações com carteira assinada no Brasil

A alta de 16,6% na arrecadação previdenciária ao longo do mês de julho deste ano, na comparação com o mesmo período de 2020, aponta para a retomada das contratações com carteira assinada no Brasil. Dados mais recentes da Receita Federal, por exemplo, mostram que o volume de ganhos previdenciários saltou para R$ 38,957 bilhões em junho e acumula arrecadação de R$ 260,2 bilhões em 2021, o que corresponde a um avanço ainda maior, de 17,7%, para os sete primeiros meses do ano.

As receitas previdenciárias acompanham os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que indicam para a abertura de 316.580 vagas com carteira assinada em julho e de 1.848.304 no acumulado dos sete primeiros meses de 2021. As contratações formais também foram listadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) como determinantes para o recuo de 0,5 ponto percentual da desocupação entre abril e junho, para 14,1% dos profissionais com idade para trabalhar.

De acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta para 14,4 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho, houve um crescimento de 2,1% no número de trabalhadores com carteira assinada no segundo trimestre.

Segundo o conselheiro federal Carlos Eduardo Soares, do Conselho Federal de Economia (Cofecon), os dados da arrecadação divulgados pelo Fisco realmente indicam para um resultado positivo do mercado de trabalho. Para Soares, o desempenho é impulsionado pelo avanço da vacinação contra o novo coronavírus no Brasil. "Podemos apontar que as pessoas começaram a se vacinar e procurar empregos, o que é relevante e reflete em uma maior arrecadação por parte do INSS", explica ele.