'Apagão' de mão de obra: desemprego bate recorde, mas empresas não encontram pessoas qualificadas
A pandemia do novo coronavírus impacta nesse processo, principalmente em relação a educação
Foto: Reprodução/G1
No brasil, cerca de 15 milhões de pessoas estão desempregados. Por outro lado, empresas reclamam de dificuldades para preencher vagas, inclusive de nível técnico e operacional, é um apagão de mão de obra qualificada.
Executivos e recrutadores reclamam constantemente de candidatos para vagas de ensino médio na indústria que não sabem ler um manual ou não possuem conhecimentos básicos de matemática, jovens que tentam seguir no setor de serviços mas têm dificuldades para enviar um email ou mandar sua documentação às empresas de forma digital, além de não saberem se expressar corretamente na comunicação com os clientes.
A pandemia do novo coronavírus impacta nesse processo, principalmente em relação a educação. O avanço da digitalização nos negócios se agravam e os especialistas apontam como mais um gargalo na economia, mesmo o país possuindo, no momento, o maior contingente de desempregados da sua história.
"Estamos vivendo um apagão de mão de obra, isso é categórico. Apagão é a expressão do momento e também um vaticínio, uma previsão de que, daqui pouco, não vamos conseguir sair dessa situação, permanecendo na armadilha de país de renda média" diz o economista Ricardo Henriques, superintendente do Instituto Unibanco.
