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Apesar de críticas do governo federal, Cláudio Castro defende chamar facções de “organizações narcoterroristas”

Governador do Rio reafirma posição no debate sobre o projeto Antifacção e diz que “doa a quem doer”

Por Da Redação
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Apesar de críticas do governo federal, Cláudio Castro defende chamar facções de “organizações narcoterroristas”

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta quarta-feira (12) que continuará classificando facções criminosas como “organizações narcoterroristas”, independentemente das críticas. A declaração ocorreu durante sessão solene do Congresso Nacional, que homenageou as forças de segurança envolvidas na megaoperação realizada nas comunidades da Penha e do Complexo do Alemão, no fim de outubro.

A fala do governador ocorre em meio à pressão do governo federal sobre o relator do projeto Antifacção (PL 5582/2025), deputado Guilherme Derrite (PP-SP), para que não inclua condutas de grupos armados na Lei Antiterrorismo.

“Facção é algo dos anos de 2000, 2001, 2002, naquela época que podia falar de facção no país. Talvez nos anos 80, 90, a gente pudesse falar em quadrilha, pudesse falar em facção. Doa a quem doer, são organizações narcoterroristas, nacionais e transnacionais”, declarou Castro.

Especialistas alertam que a equiparação de facções criminosas a grupos terroristas pode gerar restrições a investimentos estrangeiros em regiões dominadas por essas organizações, como o Rio de Janeiro, e abrir brechas para intervenções externas em território nacional.

Castro, no entanto, minimizou as críticas e sugeriu que, em outros países, condutas semelhantes já seriam tratadas como terrorismo. “Se isso fosse fora do Brasil, isso teria só um nome. Mas, incrivelmente aqui, por acharem que os Estados Unidos irão invadir o Brasil. eu não me recordo, nos últimos anos, um país de dimensões, com uma democracia estabelecida e instituições sólidas ser invadido, mas para defender bandido, até isso vale, mas tudo bem”, afirmou.

O deputado Derrite, ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, recuou da ideia inicial de alterar a Lei Antiterrorismo e deve apresentar um projeto de lei autônomo. A expectativa é que a proposta seja votada ainda nesta quarta-feira (12), após reuniões com líderes partidários e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Castro e outros governadores alinhados à direita também devem se reunir com Motta para discutir sugestões ao texto antes de sua votação em plenário.

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