Apoio emocional e prevenção ao suicídio
Leia o editorial desta quarta-feira (10)

Foto: Divulgação/Pixabay
O isolamento social e as incertezas da pandemia podem amplificar os medos e angústias do indivíduo. O sentimento é natural, inerente ao ser humano, afinal, cada pessoa reage de uma forma diante deste momento tão peculiar e desafiador, e não necessariamente é sem trilhar caminhos sinuosos.
A ONG CVV (Centro de Valorização da Vida), que atente na Bahia e em todo o Brasil pelo 188 (ou www.cvv.org.br para conversar por e-mail ou chat), é uma opção para apoio emocional e prevenção do suicídio que continua com um sólido trabalho em meio à crise da covid-19.
CVVs pelo país relatam que apesar do número de ligações por dia ser basicamente o mesmo de meses anteriores à disseminação da doença, o tempo em que as pessoas permanecem em conversa ao telefone com os voluntários do serviço aumentou. Quase dobrou, passou de 30 minutos para 40 ou até 50 minutos.
E é natural, mesmo, que diante deste momento atípico, as pessoas externam mais os sentimentos e a tônica das ligações é majoritariamente sobre algo relacionado ao novo coronavírus. Ficam mais tempo na linha parar falar dos medos, relatam que temem sair de casa e ser contaminado, e perder o emprego, segundo o CVV. Outro relato constante é quanto à dificuldade de encarar o luto.
Para aqueles que se sentem sozinhos na quarentena, a mensagem de esperança e conforto de serviços como o CVV aparecem como um alento. Quando se sentir sozinho e os pensamentos estiverem atônitos, procure alguém. Pode ser o CVV ou um amigo, um familiar, mas não fique sozinho. É bom e saudável compartilhar os medos e preocupações.