Após 17 anos, Suprema Corte dos EUA autoriza primeiras execuções federais
Segundo as pesquisas, continua sendo forte o apoio à pena de morte entre os eleitores republicanos

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Após 17 anos, a Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou nesta terça-feira (14) as primeiras execuções federais, anulando uma decisão anterior de outro tribunal que adiava as execuções.
"Revogamos a ordem preliminar da Corte do Distrito e as execuções poderão acontecer como estavam previstas", afirmou a Suprema Corte, em referência às execuções de quatro condenados à morte que estavam planejadas.
Uma dela é a execução de Daniel Lewis Lee, um supremacista branco de 47 anos, condenado por matar três pessoas da mesma família em 1996, estava prevista para segunda-feira (13) na penitenciária de Terre Haute, no estado de Indiana.
A juíza distrital Tanya Chutkan ordenou a suspensão da sentença algumas horas antes para permitir impugnações aos protocolos para a injeção letal que será aplicada a Lee e a outros três condenados à morte por crimes federais. O Departamento de Justiça apresentou uma apelação imediata à sentença de Chutkan e a Suprema Corte deu razão ao governo federal.
O principal tribunal federal disse que os detentos "não fizeram o necessário para justificar uma intervenção no último momento de um tribunal federal".
Apoio à pena de morte
A maioria dos crimes tem julgamento em nível estadual, nos Estados Unidos, mas o governo federal assume os casos mais graves, que incluem ataques terroristas ou crimes de ódio, assim como os crimes cometidos em bases militares.
Entre os americanos, o apoio à pena de morte registrou forte queda. Porém, segundo as pesquisas, continua sendo alta entre os eleitores republicanos, 77% deles favoráveis à punição para os assassinos.