Após alta de 2,90% em 2022, CNI reduz projeção de expansão para 1,2%
A indústria foi o segundo principal responsável pelo crescimento econômico ano passado

Foto: Gelson Bampi/Agência FIEP
Depois de registrar alta de 2,90% em 2022, a economia brasileira deverá ter uma expansão de 1,2% neste ano. As previsões fazem parte do Informe Conjuntural – 1º trimestre de 2023, divulgado nesta quarta-feira (12), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), resultado de tudo que é produzido e do serviço do país, foi revisado de 1,6% para 1,2%. Conforme a instituição, os dados mostram o efeito da taxa de juros na economia. A taxa básica de juros, a Selic, está em 13,75%, desde agosto do ano passado.
Analistas da CNI acreditam que os juros comecem a reduzir a partir de agosto deste ano. Apesar disso, a estimativa é que a Selic será mantida em patamar elevado, com efeitos sobre o crédito, os investimentos, o consumo e o comércio. A previsão da CNI é de que o Brasil encerre o ano com inflação em 6% e Selic a 11,75%.
A indústria foi o segundo principal responsável pelo crescimento econômico em 2022. Neste ano, os dados mensais da produção física industrial, que contemplam a indústria de transformação e a extrativa, apontam que o desempenho fraco da atividade industrial deve se manter ao longo de 2023.
Para 2023, é esperada continuidade do avanço dos serviços prestados às famílias, acompanhando a recuperação do mercado de trabalho, em particular do rendimento. Mas os serviços de transporte e de informação e comunicação não devem contar com novos impulsos.