Após críticas sobre atrasos de promessas, Guedes diz que não promete mais nada

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (18), após ser criticado por não cumprir o prazo de promessas que fez sobre temas como privatizações e votações no Congresso Nacional, que não vai prometer mais nada.  "Acabou. Não prometo mais nada. Agora, só digo 'Espero que o Congresso aprove. Felicito o Senado pela aprovação'. Aprendi".

Na manhã de hoje (18), durante uma entrevista coletiva, Guedes chamou de "negacionistas" as pessoas que dizem que ele não está fazendo as entregas esperadas na área econômica. "Toda vez que fiz promessa, foi depois de conversas políticas. Sou acusado toda hora de não entregar, estamos entregando alucinadamente. Existe uma campanha negacionista, não científica, de acusações contra a equipe".

Na ocasião, contudo, ele reconheceu que não fez tudo o que gostaria. "A Bolsa está no máximo, o dólar caiu, mas o negacionismo diz que a situação fiscal está cada vez mais complicada. Claro que queremos fazer reforma fiscal, a prioridade é o pacto federativo", afirmou.

Privatizações prioritárias

Ainda durante a entrevista coletiva, o ministro voltou a citar a Eletrobras, os Correios, PPSA e o Porto de Santos entre as privatizações prioritárias para 2021. "A PPSA é uma holding que segura contratos de petróleo, que são convite à corrupção. Se a Eletrobras virar corporação, companhia de controle difuso, não vai faltar dinheiro pra ela".

Sobre os Correios, o ministro defendeu que é preciso "salvar a empresa" antes que ela perca funcionalidade, já que "ninguém escreve carta mais". O ministro disse também que as reformas continuam avançando no Congresso Nacional apesar da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Cedae 

De acordo com Paulo Guedes, a concessão da Cedae, empresa de saneamento do Rio de Janeiro, está sendo finalizada. Na ocasião, ele  lembrou do avanço de projetos como o marco do saneamento e autonomia do Banco Central.