Após polêmica, Ramírez nega que foi racista e diz que família está sofrendo ameaça
Ele também acusou Bruno Henrique, do Flamengo, de chamá-lo de "gringo de merda"

Foto: Reprodução
Diante da polêmica de racismo envolvendo o meia do Bahia, o colombiano Ramírez, o Bahia divulgou um vídeo na noite da segunda-feira (21), com a versão do atleta sobre o ocorrido na partida contra o Flamengo, ocorrido no domingo (20), no Maracanã (RJ).
Em vídeo, Ramírez disse que não falou "cala boca, negro" e condenou a frase, que, segundo ele, é uma "palavra tão ruim".
"Em nenhum momento fui racista. Nem com Gerson e nem com outra pessoa. Quando fizemos o gol, levamos a bola para o meio para reiniciar o jogo rapidamente. Bruno Henrique segura. Eu começo a correr e digo a ele: "Jogue rápido, irmão. Joga sério". Ele joga a bola para trás. Gerson me diz algo, mas eu não entendo muito o português. Não entendi o que falou e disse: "Joga rápido, irmão". Não sei o que ele entendeu e ele começou a me perseguir. E eu sem saber o que tinha acontecido. Eu saí por trás porque não queria brigar com ninguém. Ele disse que eu falei "cala a boca, negro". Eu não falo português tão fluentemente. Estou há um mês no Brasil. Sobre o fato de ser racista, não estou de acordo. Em nenhum momento falei isso, uma palavra tão ruim", afirmou o jogador.
Ele também relatou que foi xingado de "gringo de merda" por Bruno Henrique durante o jogo e revelou que a família dele tem recebido ameaças.
"Bruno, por uma jogada, me chamou de "gringo de merda". Mas eu não prestei muita atenção nisso. Não assimilei. Não fiz nada. A bola seguiu jogando. Sou colombiano, nascido em Antioquia, criado em Rionegro. Minha família sempre me ensinou que somos todos iguais. De coração, espero que as coisas se esclareçam. Minha família e eu estamos vivendo um momento complicado. Não fui racista. Minha família recebeu muitas mensagens de violência. Quero estar bem, vim aqui ao Brasil para jogar. Espero de coração que tudo se solucione. Peço desculpas se o Gerson escutou mal o que falei. Em nenhum momento foi racismo", justificou Ramírez.
Até a apuração do ocorrido, a diretoria do Bahia afastou Ramírez das partidas.
Assista abaixo a versão de Ramírez: