Após prisão de “Colômbia”, PF investiga mais suspeitos do caso Dom e Bruno
Segundo a PF, as investigações ocorrem em conjunto com o processo de reprodução simulada dos fato

Foto: Redes Sociais/Reprodução/JC | FUNAI/Divulgação/JC
A Polícia Federal informou, após a prisão do suspeito de ser o mandante do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, que as investigações seguem para identificar o envolvimento de mais pessoas no caso e a motivação do crime.
A PF capturou, nesta quinta-feira (7), o peruano Rubens Villar Coelho, conhecido como "Colômbia". A prisão ocorreu após o suspeito apresentar documento falso para a polícia, em Tabatinga, no Amazonas.
De acordo com uma das linhas de investigação, Colômbia estaria incomodado com a atuação do indigenista. Bruno Pereira chegou a apreender barcos e peixes que pertenciam à quadrilha. O lucro da pesca ilegal de pirarucus e tracajás — espécie parente da tartaruga comum na Amazônia — seria apenas um meio de lavar o dinheiro do narcotráfico.
“Ele nega qualquer participação, nega ser o mandante. Durante a apresentação na PF, apresentou um documento falso. Vai ser encaminhado para audiência de custódia e a PF pede que ele continue preso. Ele ainda tem um outro documento peruano”, disse Alexandre Fontes, superintendente da Polícia Federal no Amazonas, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8/7).
Rubens Villar Coelho teria ainda ligação direta com Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, que foram presos pela PF. Um tio de Amarildo, que atua como líder comunitário, também é apontado como “funcionário” de Colômbia.
Segundo a PF, as investigações ocorrem em conjunto com o processo de reprodução simulada dos fatos, no qual os peritos remontam toda a dinâmica do crime para checar se as informações batem com os depoimentos e as provas materiais coletadas.
Dom e Bruno foram executados a tiros em 5 de junho na reserva indígena Vale do Javari. Amarildo da Costa de Oliveira, 41, Jefferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, e Oseney da Costa de Oliveira, 41, estão presos.